O Santos decidiu paralisar as negociações com Jorge Sampaoli após o técnico argentino, por meio de seu estafe, manifestar o desejo de assumir o time apenas na janela do meio do ano. A intenção seria contar com maior margem para reforçar o elenco com investimentos imediatos, algo que o clube não está disposto nem tem condição de oferecer no momento.
A última conversa entre as partes ocorreu nesta quarta-feira (17) e, embora não tenha havido uma recusa formal, o tom do diálogo deixou claro que o acordo está distante. A boa relação entre o presidente Marcelo Teixeira e Sampaoli não foi suficiente para alinhar os interesses.
Exigências e realidade
Sampaoli, que já comandou o Peixe em 2019, apresentou uma lista de reforços que considera essenciais para desenvolver seu trabalho, uma demanda fora do orçamento e da proposta atual do clube. O Santos, por sua vez, acredita ter feito uma reformulação satisfatória no elenco para a temporada 2025 e pretende usar a próxima janela de transferências para contratações pontuais, especialmente no setor defensivo.
Internamente, a diretoria busca um treinador com perfil de liderança equilibrada e flexibilidade tática. A figura de Sampaoli, marcada por passagens turbulentas em clubes como Flamengo, Atlético-MG e até desentendimentos na seleção argentina, destoa desse perfil desejado.
Caminho segue aberto
Até o momento, Sampaoli foi o único treinador procurado diretamente pelo presidente Marcelo Teixeira. Antes disso, o estafe santista chegou a consultar Tite e Dorival Júnior, mas ambos não demonstraram interesse em avançar nas conversas.
Com a saída de Pedro Caixinha, o Santos continua em busca de um nome que una capacidade técnica, estabilidade e se encaixe no planejamento financeiro e esportivo do clube. A prioridade segue sendo a permanência do clube na Série A do Brasileirão, visto que o clube não vem muito bem no campeonato.