A França é uma campeã mundial que não fala do passado. Não fala em tom de despedida. Não tem uma lista de recordações. Ela olha para frente. Olha para o futuro. Olha para o Catar. E enxerga Pavard, Varane, Lucas Hernandez, Kanté, Pogba, Griezmann, Mbappé, e por aí vai. Consagrado pelo título da Copa da Rússia, o time titular tem média de idade de apenas 25,8 anos e promete defendê-lo em 2022.
A juventude é o ícone deste grupo, reformado completamente nos últimos anos. Só seis estavam na Copa do Mundo de 2014, no Brasil, e nove na Eurocopa de 2016, berço da maior frustração do país, a derrota para Portugal na final. Os laterais, de boas atuações na Rússia, estrearam em novembro do ano passado – Pavard – e março deste ano – Hernandez.
Enquanto veteranos e craques mundo afora convivem com a agonia de talvez jamais ganharem o mundo – pensem em Messi, Cristiano Ronaldo e Thiago Silva, entre tantos outros –, os jovens franceses já se garantiram na história do futebol. Um feito comemorado pelo mentor deste grupo, Didier Deschamps.
“Estou muito feliz pelos jogadores. Mbappé, por exemplo, tem só 19 anos. Espero que ele seja campeão novamente, mas me lembro que em 98 Trezeguet e Henry tinham só 19 anos e não puderam ser campeões outra vez. Minha maior felicidade é poder ver esses jogadores campeões”, celebrou o técnico citando o atacante do PSG, mais jovem da equipe.
Veja quantos anos terão os titulares franceses na Copa do Catar:
• Lloris: 35
• Pavard: 26
• Varane: 29
• Umtiti: 29
• Hernandez: 26
• Kanté: 31
• Pogba: 29
• Matuidi: 35
• Mbappé: 23
• Griezmann: 31
• Giroud: 36
Reservas que tiveram pouco protagonismo no título de 2018 também poderão estar mais prontos para disputarem posições, casos de Dembélé (25 anos no Catar), Kimpembé e Lemar (26), Mendy e Tolisso (27), e Fekir (28).
O meia Matuidi anunciou antes da final que a Copa da Rússia seria sua última, mas disse que tentará estender sua permanência o maior tempo possível. Ele não foi o único a dizer que esse grupo de jogadores foi o mais harmônico do qual ele já fez parte na seleção.
“Nós somos um grupo realmente unido, temos reservas e titulares que pensam e trabalham da mesma forma. Nós somos história, vamos para a festa agora e amanhã para a festa com o povo francês”, vibrou o atacante Griezmann.