SEÇÕES

Ronaldo critica poder das federações e diz que “palhaçada vai continuar”

Fenômeno volta a denunciar o sistema de votação da entidade e lamenta falta de esperança em mudanças no futebol brasileiro

'É tudo farinha do mesmo saco': Ronaldo Fenômeno enumera críticas à CBF, fala em 'palhaçada' e reclama do poder das federações | Foto: Marcelo Theobald / Agência O Globo
Siga-nos no

Durante transmissão do Grande Prêmio de Imola, na Itália, neste domingo (12), Ronaldo Fenômeno voltou a se posicionar contra a atual estrutura de poder da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Em entrevista à TV Bandeirantes, o ex-atacante foi direto ao criticar o domínio das federações estaduais sobre o futebol brasileiro.

“Enquanto o estatuto da CBF for esse que é agora, que o poder fica na mão dos 27 presidentes de federações, essa palhaçada vai continuar”, declarou.

Ronaldo classificou o momento atual como mais um capítulo de um enredo repetido e desanimador. “Eu diria que muda a página, mas o livro é o mesmo. É tudo farinha do mesmo saco”, afirmou.

Bastidores da desistência

Em março deste ano, Ronaldo havia desistido publicamente da intenção de concorrer à presidência da CBF, alegando falta de apoio político. Segundo ele, 23 das 27 federações se recusaram até mesmo a recebê-lo, alegando satisfação com a gestão de Ednaldo Rodrigues e o desejo de reelegê-lo.

Para Ronaldo, o Brasil tem potencial para voltar ao topo do futebol mundial, mas isso exigiria uma “reforma importante” e verdadeira, capaz de reconectar a seleção aos torcedores. Ainda assim, o Fenômeno se diz pessimista quanto a qualquer mudança estrutural no cenário atual.

Decisão judicial e intervenção

A entrevista de Ronaldo aconteceu dias após uma nova reviravolta no comando da CBF. Na última quinta-feira (9), o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) determinou o afastamento de Ednaldo Rodrigues do cargo. O desembargador Gabriel de Oliveira Zefiro nomeou o vice, Fernando Sarney, como interventor e ordenou a realização de novas eleições “o mais rápido possível”.

A decisão foi baseada em um pedido do próprio Sarney, que alegou vício de consentimento na assinatura de um acordo homologado pelo STF em fevereiro, que envolvia a CBF, a Federação Mineira de Futebol e outros dirigentes, incluindo Rogério Caboclo, Coronel Nunes e Gustavo Feijó.

Com isso, além de afastar Ednaldo, o TJ também anulou o acordo firmado entre as partes, que já vinham sendo questionadas pelo Ministério Público do Rio de Janeiro desde 2021 por mudanças controversas no estatuto da confederação.

Tópicos
Carregue mais
Veja Também