"Uma notícia que jamais gostaríamos de dar. Morreu Ayrton Senna da Silva." Essa frase, pronunciada por Roberto Cabrini em 1994, ecoou pelo país, marcando o dia em que o ídolo brasileiro da Fórmula 1 nos deixou. Mas Cabrini carrega consigo uma revelação que poderia ter evitado essa tragédia: a confidência de Senna sobre a morte de Roland Ratzenberger um dia antes do fatídico acidente.
MORTE - Cabrini sabia que divulgar essa informação teria impactos significativos, já que a morte de Ratzenberger na pista teria levado à suspensão da corrida, algo que a Fórmula 1 preferia evitar a todo custo.
LIGAÇÃO - O relacionamento de Cabrini com a Fórmula 1 e com Senna começou nos anos 80. Como experiente repórter, ele mergulhou na cobertura do esporte após um convite do SBT, ganhando a confiança do piloto brasileiro. A temporada de 1991 marcou o início de uma parceria bem-sucedida, com Cabrini trazendo informações exclusivas, como a reconciliação forçada entre Senna e Alain Prost, antes mesmo da Globo. Sua habilidade como repórter o levou de volta à cobertura da F1 para a temporada seguinte.
DESAFIOS NA CARREIRA - Senna sempre impressionou Cabrini com sua busca implacável pela perfeição. O jornalista testemunhou a obsessão do piloto em desafiar os limites do tempo e do espaço dentro de um carro de F1, buscando constantemente a excelência. Essa determinação, porém, tinha seu preço, com Senna sacrificando parte de sua vida pessoal pela busca da supremacia nas pistas.
PERFEIÇÃO - Para Cabrini, Senna era um artista em busca da maestria, sempre insatisfeito com menos que a perfeição. Sua dedicação total ao esporte o impulsionava a superar limites, sem medo das consequências. Senna vivia para ser o mais rápido, sempre buscando maneiras de melhorar e permanecer à frente de seus concorrentes.