Rico, Campeonato Carioca 2011 inicia sem o Maracanã

Sem o Maracanã, média de público e arrecadação devem cair

Maracanã está em obras para a Copa | Full
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Com Ronaldinho Gaúcho, Thiago Neves, Deco, Fred, Diego Cavalieri, Loco Abreu e Carlos Alberto, o Campeonato Carioca tem nomes e, é claro, salários de nível europeu. Após uma janela de transferências com o mercado pouco aquecido, os grandes clubes do Rio de Janeiro, principalmente Flamengo e Fluminense, foram os que trouxeram os jogadores mais caros e famosos. O investimento pesado acontece justamente antes do primeiro estadual desde 1992 que o Maracanã não poderá ser utilizado.

Fechado para as obras do Mundial de 2014, o maior e mais tradicional estádio do Brasil dará lugar ao Engenhão. O campo do Botafogo receberá, além das partidas do time, todos os clássicos e jogos como mandantes de Fluminense e Flamengo.

Com pouco mais de 40 mil lugares, a arena tem quase a metade da capacidade do Maracanã. A Ferj (Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro) admite que isso irá acarretar em diminuição no público e, por consequência, na renda dos clubes. ?Com certeza teremos um abalo, um rombo no orçamento até. Podemos calcular que teremos 300 mil pessoas a menos nos 8 jogos de playoff, as semifinais e as finais das taças?, afirmou por meio da sua assessoria de imprensa o presidente da entidade, Rubens Lopes da Costa Filho.

A Ferj diz acreditar que a perda poderá ser parcialmente compensada pelas equipes com as rendas nos jogos fora da cidade do Rio de Janeiro. Principalmente, nas partidas do Flamengo, com Ronaldinho Gaúcho. O maior deles, o estádio da Cidadania, do Volta Redonda, tem capacidade para cerca de 15 mil torcedores.

?O Carioca vai ter um desafio muito grande esse ano, que é sobreviver sem o Maracanã. Vale lembrar que isso será uma realidade até 2012, no mínimo?, afirma Amir Somoggi, diretor da área de esportes da consultoria Crowe Horwath RCS.

Para o especialista em marketing esportivo, a solução para perda na arrecadação seria o aumento no valor dos ingressos. ?É oportunidade de fazer uma renda maior com um público menor?, avalia Somoggi.

A ideia, ao menos por enquanto, é descartada pela Ferj, que manteve os mesmos preços do ano passado, quando reajustou os valores das entradas para clássicos e jogos decisivos. Os preços foram mantidos e os ingressos mais baratos para jogos dos grandes contra os pequenos custarão R$ 20. Nos clássicos, estarão serão vendidos a R$ 30 e nas semifinais e finais a R$ 40.

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