O presidente da CBF, Ricardo Teixeira, admitiu em entrevista ao jornal “O Globo”, que o calendário do futebol brasileiro pode se adaptar ao europeu. Segundo o dirigente, já está na hora de começar o debate para que esta mudança aconteça o mais rapidamente possível. O dirigente diz ainda que Campeonato Brasileiro sairia beneficiado com essa possível mudança, deixando de ser prejudicado com a janela do mercado para o exterior no meio do ano, que permite o êxodo de jogadores durante a competição.
Na Europa, as competições nacionais começam ao longo do mês de agosto e terminam em maio, com as férias no meio do ano. No Brasil, as competições regionais iniciam por volta de janeiro, terminam no início de maio, onde logo em seguida começa o Brasileirão, que vai até o início de dezembro.
Para Teixeira, o possível novo calendário valorizaria a Copa do Brasil, fazendo com que a competição pudesse contar com todos os clubes, inclusive os que disputam a Libertadores. Segundo o dirigente, há muita resistência em relação à mudança. - O grande problema para alterarmos o calendário é a falta de unidade. Nem todo mundo é a favor. O São Paulo, por exemplo, é contra, enquanto outros clubes são a favor. Temos que ouvir também os patrocinadores, sem falar nas federações. Como se vê, o assunto é complexo, não pode ser resolvido com uma canetada – disse Teixeira.
Participaram também da entrevista o técnico da seleção brasileira, Dunga, o presidente da Comissão nacional de Arbitragem, Sérgio Correa, Comitê Organizador da Copa de 2014, Joana Havelange, e do diretor de competições, Virgílio Elíseo. Saída de jogadores Além do assunto calendário, a fuga de jogadores também foi abordada pelos entrevistados. Para Dunga, o ideal seria que o jogador só saísse do país depois dos 24 anos de idade. - O garoto que vai embora com 17 anos dificilmente vai jogar. No máximo quatro ou cinco partidas por temporada - disse o treinador.
Apostas e arbitragem Ainda segundo a reportagem de “O Globo”, a CBF decidiu contratar um empresa europeia que vai monitorar as apostas em todo o mundo envolvendo jogos de competições da CBF a partir da próxima temporada.
Os constantes erros de arbitragem desgastam Sérgio Correa, dirigente responsável pela arbitragem das competições. Ele admite que ainda há muito por fazer para padronizar a atitude dos árbitros no Brasil. - Leva tempo, mas estamos trabalhando para isso. Em 2012, podem me cobrar uma melhora significativa – disse ele. Ricardo Teixeira disse ainda que espera inaugurar a nova sede da CBF, em um terreno no Recreio, Zona Oeste do Rio de Janeiro, em dezembro de 2012. Apesar disso, o dirigente diz que a Granja Comary não será abandonada.