A Renault foi a segunda equipe da Fórmula 1 a mostrar seu carro para a temporada 2017, junto de sua nova aposta, Nico Hulkenberg, piloto que já esteve na mira de grandes times mas nunca teve uma chance em equipe grande. E essa é justamente a missão do time francês, que conquistou títulos em 2005 e 2006: voltar a figurar entre os mais vencedores da categoria em um futuro próximo. No lançamento do modelo RS17 o objetivo para este campeonato foi traçado: pular do oitavo para o quinto lugar no mundial de construtores.
A missão não é das mais fáceis, uma vez que a equipe de Enstone, que correu como Lotus até o final de 2015, ainda passa por uma reestruturação após a fabricante francesa ter comprado a estrutura de volta e, ano passado, fez apenas oito pontos. A troca de comando que surpreendeu no início do ano, com a saída do experiente Frederic Vasseur devido a problemas de relacionamento com o diretor administrativo Cyril Abiteboul, também não ajuda.
Porém, os primeiros sinais do projeto ambicioso começaram a aparecer com a revelação do novo carro. "Este é o primeiro carro de verdade da Renault na F-1 na era moderna", se empolgou o chefe técnico, Bob Bell. "Tivemos tempo e dinheiro para desenvolver esse projeto e não há nada nele que seja igual ao carro de 2016, então foi algo que nasceu de uma folha em branco e estamos muito encorajados pelas informações que já temos dele."
Mesmo com todo otimismo, a Renault sabe que ainda deve ficar devendo para times como Mercedes, Ferrari e Red Bull e espera brigar com McLaren, Force India e Williams.
"Vamos ser sinceros: todos esperamos que os grandes times continuem sendo grandes. Mas uma mudança de regulamento como a que teremos em 2017 aumenta a possibilidade de outras equipes ganharem terreno", apontou Abiteboul durante o lançamento do carro, em Londres, na Inglaterra.