Em fase intensa de recuperação, sobretudo da fala e dos movimentos dos membros superiores, o técnico Ricardo Gomes não vê a hora de voltar a trabalhar e já estipulou até uma data para isso. Apesar de querer retomar o comando do Vasco em abril, o treinador definiu o mês de julho como prazo máximo para voltar às atividades interrompidas por um AVC sofrido no ano passado.
?Já dá para ir aos jogos, mas trabalhar não. Preciso melhorar a fala. Desta forma, como estou, ainda não dá. Isso vai ser em abril, junho, talvez julho, no máximo?, afirmou Gomes em entrevista ao jornal Lance!, que acompanhou uma das sessões de fisioterapia pelas quais o treinador passa diariamente, sem reclamar.
Ricardo Gomes aproveitou para destacar que sua volta ao trabalho tem também o consentimento familiar. Parentes do treinador já se manifestaram contrários ao seu retorno aos gramados, mas ele garante que, agora, tem o apoio de todos.
?Quero voltar para ser treinador, voltar para a beira do campo. E não falo isso sem que tenha apoio dos médicos. Da família também. Claro, no começo ficou aquela apreensão. Hoje não. Você no seu jornal tem vida boa? É estressante, não é? Sair de casa já tem um estresse. Então, posso voltar a trabalhar?, declarou Gomes, interagindo com o repórter do diário paulistano.
Durante a entrevista, Ricardo Gomes elogiou o trabalho de Cristóvão Borges à frente do Vasco e não deu indícios se o hoje treinador aceitará voltar ao cargo de auxiliar quando ele retornar ao comando da equipe.
Sobre os jogadores, o treinador destacou o grupo alvinegro e não poupou elogios ao zagueiro Dedé. Ex-jogador da posição, Gomes disse até achar que o jovem vascaíno tem um futebol melhor do que o dele nos tempos de atleta.
?Em 2010, ele teve boas e más atuações. Mas em 2011, foi muito acima da média. Já é melhor do que o Ricardo Gomes jogador?, destacou o técnico. ?Se for para dar um palpite, a dupla de zaga para a Copa do Mundo será Thiago Silva e Dedé?.
O Vasco já ofereceu um novo contrato para Ricardo Gomes, e o treinador aceitou as condições. O técnico, porém, já avisou que só assinará o acordo quando puder efetivamente retomar seu trabalho à frente da equipe.