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Quem é Diego Fernandes, peça-chave na vinda de Ancelotti à Seleção

De assessor financeiro a negociador-chave da CBF, conheça a trajetória do executivo que fez o “milagre” e agora ajuda o técnico italiano a viver o Brasil

Carlo Ancelotti em chegada ao Rio de Janeiro ao lado de Diego Fernandes | Foto: Roberto Filho/Brazil News
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Quando Carlo Ancelotti desembarcou no Rio abraçando um homem de cabelos longos e camisa retrô da Seleção, muitos duvidaram que a cena fosse real. Mas Diego Fernandes, o empresário de 39 anos que conduziu as negociações entre CBF e Real Madrid, é tão autêntico quanto sua paixão pelo futebol. Sem cargo formal na entidade, mas longe de ser um desconhecido no meio, ele se tornou peça fundamental no acerto que trouxe o técnico italiano ao Brasil.

Três Meses de Negociação Secreta

A missão teve altos e baixos. Diego passou três meses longe dos filhos, enfrentou a instabilidade política na CBF (com um presidente à beira da queda) e ainda driblou o ceticismo geral. "No mercado financeiro, você é mais frio. Essa negociação envolvia paixão", confessou, emocionado, após a apresentação de Ancelotti. O italiano, por sua vez, já faz planos: quer visitar o Corcovado, conhecer uma escola de samba e claro, aprender a sambar. "Ele está louco para viver o Brasil", revelou o empresário.

Do Mercado Financeiro aos Bastidores do Futebol

CEO da O8 Partners, empresa que assessora mais de 100 atletas, Diego começou sua relação com o esporte trocando moedas e gerenciando investimentos para jogadores. Sua rede de contatos inclui nomes como Neymar e as famílias de ídolos como Ronaldinho Gaúcho. Frequentador assíduo de estádios e eventos esportivos, ele também marcou presença no Festival de Cannes este ano – prova de sua versatilidade entre números e glamour.

Por Que a CBF Escolheu Diego?

A estratégia da confederação foi clara: optar por um negociador discreto.

"Minha identidade secreta foi descoberta no jogo do Real Madrid contra o Arsenal", brincou.

Mesmo com a CBF negando seu envolvimento inicialmente, Diego manteve diálogo aberto com o Real Madrid. Sobre a suposta insatisfação do presidente Florentino Pérez, foi taxativo:

"Nunca houve portas fechadas. Florentino e o diretor José Ángel Sánchez foram incríveis".

Presente de Ancelotti: Uma Camisa de Garrincha

A camisa retrô que Diego usava no avião? Era uma réplica de 1962, homenagem a Mané Garrincha. "Ancelotti adorou. Vamos providenciar uma para ele", contou. Agora, além de guiar o técnico pelo Rio, ele volta à arquibancada como torcedor, mas não antes de receber sua comissão pela negociação bem-sucedida.

Curiosidade: Apesar do tom descontraído, Diego não esconde o peso da responsabilidade. "Foi a pressão mais intensa da minha vida", admitiu. E, pelo visto, valeu a pena.

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