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Quanto ganha um árbitro? A diferença salarial entre o Brasil e o resto do mundo

Os assistentes também são remunerados por partida: R$ 4.370 para os Fifa e R$ 3.150 para os demais.

Um árbitro com escudo Fifa recebe R$ 7.280 por jogo | Foto: Thiago Ribeiro/AGIF
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Com o início do Brasileirão 2025 marcado por lances polêmicos e constantes revisões do VAR, uma dúvida frequente entre os torcedores volta à tona: quanto ganha um árbitro por partida? A resposta varia bastante conforme o país e a estrutura da liga. No Brasil, por exemplo, os árbitros recebem por jogo, enquanto na maioria das ligas europeias o regime é profissionalizado, com salários fixos mensais e bônus por desempenho.

Para esta temporada, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) atualizou os valores pagos na Série A. Um árbitro com escudo Fifa recebe R$ 7.280 por jogo, enquanto os que atuam apenas sob chancela da CBF ganham R$ 5.250. Os assistentes também são remunerados por partida: R$ 4.370 para os Fifa e R$ 3.150 para os demais.

Além disso, os profissionais têm direito a diárias, transporte e alimentação, o que pode elevar a remuneração por rodada. No entanto, o Brasil ainda não adota salário fixo nem plano de carreira para a arbitragem, como acontece nas grandes ligas da Europa.

Como é o valor em outros países

Os valores pagos em outros países mostram a disparidade. Na Espanha, um árbitro da La Liga ganha um salário anual de US$ 157,1 mil (cerca de R$ 927 mil), além de US$ 5.310 (R$ 31.329) por partida e mais US$ 2.650 (R$ 15.635) quando atua no VAR. Há ainda pagamentos por direitos de imagem, que chegam a US$ 27,68 mil (R$ 163 mil).

Na Premier League, o salário anual varia entre US$ 92,4 mil e US$ 185,8 mil (R$ 545 mil a R$ 1,096 milhão), com pagamento de US$ 1.400 (R$ 8.260) por jogo e US$ 1.050 (R$ 6.195) pelo VAR. A liga inglesa também oferece bônus por desempenho, avaliados pela PGMOL, a entidade responsável pela arbitragem. Em outras ligas como Itália, Alemanha e França, os salários também são expressivos, com ganhos fixos anuais e pagamentos extras por jogo e VAR — além de benefícios como aposentadoria, especialmente na Ligue 1 francesa.

Essa comparação escancara o abismo estrutural entre a arbitragem brasileira e a das grandes ligas europeias. Enquanto lá os árbitros têm estabilidade financeira e profissional, no Brasil a função ainda é tratada como um trabalho eventual. O cenário reacende discussões sobre a urgente necessidade de profissionalização da arbitragem, tanto para garantir melhores condições aos profissionais quanto para elevar o nível técnico e a confiabilidade nas decisões dentro de campo.

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