Após o São Paulo anunciar nesta sexta-feira que Daniel Alves não irá mais jogar pelo clube, a dúvida foi imediata: para onde vai o lateral-direito de 38 anos?
Quando chegou ao Tricolor, em 2019, Daniel Alves sempre deixou claro que a sua meta era disputar a Copa do Mundo do Catar. Por conta disso, seu contrato foi firmado até o final de 2022.
Para seguir com esse sonho de pé, o camisa 10 precisará se transferir para um clube que dispute ligas em alto nível. No entanto, essa possibilidade se torna mais remota devido ao alto salário do jogador e ao fechamento das janelas pelo mundo.
A Europa, por exemplo, já não é um caminho possível, pelo menos até o começo de 2022. As principais ligas do continente europeu fecharam no final de agosto.
Um exemplo: para poder assinar com o Sevilla, clube especulado como interessado no jogador, Daniel Alves teria de ter concretizado a rescisão com o São Paulo até o dia 31 de agosto, data do fechamento da janela da Espanha.
Com o mercado europeu encerrado, sobraram apenas destinos periféricos, como México, Catar, Emirados Árabes, Arábia Saudita e Argentina.
Se quiser voltar para a Europa antes da Copa do Mundo, Daniel Alves terá que esperar até o começo de janeiro. Janelas como a da França e Inglaterra abrem no dia 1º de janeiro de 2022. A Espanha abre no dia 3.
Um outro caminho para voltar à Europa seria a rescisão indireta, um processo que pode demorar para se resolver por uma série de questões jurídicas. Segundo Filipe Rino, advogado especialista em direito desportivo, Daniel Alves pode se amparar à Lei Pelé dependendo do caráter da dívida (salários ou direitos de imagem) que o clube tem com ele.
No mercado interno, Daniel Alves pode assinar com qualquer equipe. A janela no país está fechada apenas para transferências internacionais, o que possibilita essa condição.