Depois de entrar nesta segunda-feira com petição para participar de ação movida pelo Solidariedade em favor de que Luiz Roberto Leven Siano seja empossado como presidente no fim de janeiro, o Partido dos Trabalhadores (PT) afirmou, via Twitter, ter desistido de tal movimento. Com informações do GE.
"O PT informa aos associados e torcedores do C. R. Vasco da Gama, bem como a toda comunidade desportiva, que não participará de açoes judiciais referentes às eleições internas do clube. As atenções do partido permanecem voltadas para os graves problemas do Brasil e da população".
Mais cedo, Wadih Damous, filiado ao PT e advogado de Luiz Roberto Leven Siano, foi procurado pela reportagem do ge para explicar a motivação da entrada da sigla na ação movida pelo partido Solidariedade.
Wadih afirmou que o PT participaria de uma discussão constitucional, colocando a autonomia dos entes desportivos em primeiro lugar em relação à Lei Pelé. O mesmo disse, aliás, que não havia participado da petição.
- O advogado do Solidariedade está procurando outros partidos e incentivando que entrem com Amicus Curiae. Não tem iniciativa do PT, do Leven ou minha. Todo mundo sabe que sou vascaíno e do PT, todo mundo me ligou pedindo detalhes. Mas não tenho nada a ver. Na verdade, é um debate constitucional.
- O entendimento do partido e o meu é que a Lei Pelé acaba interferindo indevidamente na autonomia dos entes desportivos. É a defesa do Constituição. Não se trata de tomar partido. Embora eu esteja advogando para a chapa do Leven, o PT não tem chapa nessa eleição. O PT aderiu à tese da autonomia dos entes desportivos. Ou seja, entre o estatuto e a Lei Pelé deve prevalecer o estatuto. Assim reza a Constituição, então é isso que o PT está defendendo - disse Wadih.
Horas depois, Gleisi Hoffmann, presidenta do PT, atribuiu a participação do PT como interessado a Wadih Damous. Tal manifestação também se deu via Twitter. Por fim, às 23h02 desta segunda-feira, o PT, mais uma vez no Twitter, fez o manifesto citado no topo da matéria.