Duas derrotas consecutivas e, mais do que isso, o fraco futebol apresentado nas partidas contra Goiás e Grêmio, fizeram a diretoria do São Paulo mudar a postura. Se antes, a conversa "informal" era que Sérgio Baresi continuaria até o final do ano, agora o presidente Juvenal Juvêncio resolveu agir. Ele está procurando um novo técnico para assumir a equipe, que perdeu o rumo no Campeonato Brasileiro. Se antes, o G-3 era um sonho possível, agora o Tricolor precisa se preocupar mais é com a zona de rebaixamento, já que a diferença para o Atlético-GO (primeiro na zona de perigo) é de oito pontos.
- Estamos prontos para enfrentar as dificuldades. Somos amadurecidos nesse processo. Estou fazendo o que acho certo. Estou com minha consciência tranqüila e não há ninguém que me faça recuar. Eu preciso pensar em técnico? Preciso. Eu estou pensando? Estou. Mas não vou revelar nomes e nem perfil. E acho que é para esse ano ainda ? afirmou o mandatário do time do Morumbi.
Vanderlei Luxemburgo, que está no mercado, é um nome que não foi descartado por Juvenal Juvêncio. No Galo, quem pagava o seu salário era o banco BMG que, curiosamente, acabou de assinar um patrocínio com o Tricolor, inclusive se colocando à disposição para reforçar a equipe com contratações.
- Vocês (jornalistas) são espertos, me colocaram no canto. Mas eu aprendi também a sair pelos cantos e não vou responder isso ? afirmou, rindo bastante.
Juvenal diz que o clube enfrenta um momento difícil na temporada por manter a postura de sempre agir com os pés no chão, sem fazer loucuras para contratar grandes jogadores.
- Eu sei quanto alguns clubes pagaram para repatriar atletas. É nível Europa. Eu vejo aqui e acolá clubes de grande expressão atrasando salários. Isso não é bom. Ao observar quanto alguns técnicos ganham, faço uma reflexão. O meu ganha R$ 10 mil por mês. Mas está resolvendo o meu problema? Não está. Eu estou contente? Não estou. A verdade é que ele é interino, se não fosse interino poderiam me cobrar - justificou o dirigente.
Na semana passada, Juvenal Juvêncio descartou o nome de Dorival Junior, que havia sido demitido pelo Santos. Hoje, o vice de futebol Carlos Augusto de Barros e Silva mostra um certo arrependimento com a decisão tomada. Ao ser questionado se o time tomaria a mesma postura hoje, ele tentou sair pela tangente, mas entregou.
- Pode ser. O Dorival é um excelente técnico e tem ótimo trabalho com as categorias de base. Talvez hoje tudo fosse diferente. Mas o futebol é dinâmico e, naquele momento, fizemos o que achávamos que era o melhor - concluiu.