O Palmeiras promete reforçar a segurança dos jogadores para impedir novos incidentes como o ocorrido na Argentina - no embarque da delegação para retornar ao Brasil, um grupo de torcedores se desentendeu com os atletas, e a confusão acabou em pancadaria. Após garantir que as torcidas organizadas não terão mais regalias e dizer que pode acionar até mesmo a presidente Dilma Roussef para tentar acabar com a violência no futebol, o presidente do Verdão, Paulo Nobre, afirmou que irá fazer de tudo para que não haja mais fatos como os desta quinta. A primeira medida é reforçar a segurança dos atletas, que receberão dicas para que não corram riscos.
"Vamos orientar o jogador para não se expor tanto. Enquanto estiver com o Palmeiras, vamos tomar mais cuidado", diz Paulo Nobre, presidente do Palmeiras.
? Vamos orientar o jogador para não se expor tanto. E quando estiver com o Palmeiras, vamos tomar mais cuidado. A nossa grande preocupação era sobre como seríamos tratados pelo Tigre. E eles foram cordiais ao extremo. Não imaginávamos que a nossa própria torcida iria arrumar problema ? disse o presidente.
O mais cobrado na Argentina foi Valdivia. O meia, após ser xingado durante o aquecimento da equipe no estádio José Dellagiovanna, nesta quarta, antes da derrota diante do Tigre, respondeu com gestos ofensivos. Na confusão, Fernando Prass acabou machucado após ser atingido por uma xicara atirada na direção do Mago. O goleiro sofreu um corte na orelha.
Essa não é a primeira vez que a torcida do Palmeiras se envolve em confusão com jogadores. Em janeiro, um torcedor tentou agredir Fabinho Capixaba próximo ao Palestra Itália. Os dois discutiram, e, diante da presença de outros torcedores, o lateral-direito se viu obrigado a se esconder num estabelecimento comercial até que a polícia chegasse. Vale lembrar que Fabinho sequer vem jogando. Ele foi dispensado no fim do ano passado, mas, como não arrumou clube, continua treinando.
Logo após o ocorrido, Paulo Nobre disse que não poderia fazer nada para proteger os jogadores de forma separada, já que "é complicado controlar cada passo dado por eles fora dos horários dos treinos e jogos".
O primeiro caso dessa história recente de confusões foi em 2008. Enquanto a delegação preparava-se para viajar para o Rio de Janeiro para duelo contra o Flamento, um torcedor atacou o treinador Vanderlei Luxemburgo no aeroporto.
No ano seguinte, a vítima foi Vagner Love. Ele foi abordado por três torcedores em uma agência bancária, e eles acabaram trocando socos. O caso foi decisivo para o atacante definir a sua saída do Palmeiras.
O volante João Vitor foi alvo da selvageria de torcedores do Palmeiras em 2011. Machucado, o jogador tinha sido liberado do treino e seguiu com um cunhado e um amigo à loja oficial do Verdão, no Palestra Itália, para comprar camisas do clube. Ele foi reconhecido por um grupo de cerca de 15 torcedores e agredido com vários chutes na boca.