Mais uma polêmica dentro das organizações dos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020 está dando o que falar, desta vez, nesta terça-feira (15), o presidente do Comitê Olímpico Japonês, Tsunekazu Takeda, negou em uma entrevista coletiva qualquer envolvimento na suspeita dos pagamentos feitos antes da capital japonesa ter sido escolhida para sediar a próxima edição deste evento esportivo de maior importância dentro do esporte.
“Nunca estive envolvido no processo de decisão sobre o pagamento”, disse Takeda, ao ler uma declaração de sete minutos, na qual garantiu “ser inocente”, diz o presidente.
Acusado no mês passado por um juiz francês de envolvimento em um esquema de compra de votos, Takeda é suspeito de ter autorizado dois pagamentos a Singapura em 2013, no total de 2,8 milhões de dólares (cerca de R$10,3 milhões), durante a campanha da candidatura japonesa. Em setembro de 2013, em Buenos Aires, Tóquio superou Istambul na votação por 60 a 36 votos.
De acordo com o processo aberto em maio de 2016 na justiça francesa, ocorreram dois pagamentos em benefício da Black Tidings de Singapura, sob o título “Tokyo 2020 Olympic Game Bid”, procedente de uma conta em um banco japonês. A empresa, inclusive, era administrada por um consultor ligado a Papa Massata Diack, personagem central de vários casos de corrupção na cúpula do esporte mundial.
“Não estive envolvido diretamente no contrato com a Black Tidings”, ressaltou Takeda, que insistiu no argumento de que o montante suspeito correspondia a “remunerações legítimas de um consultor”. Além disso, o dirigente afirmou não ter ciência de que a Black Tidings era ligada a Papa Massata Diack, veterano consultor de marketing na Federação Internacional de Atletismo