O presidente do Bayern de Munique, Uli Hoeness, foi condenado nesta quinta-feira a três anos e meio de prisão por fraude fiscal. O ex-jogador começou a ser julgado na última segunda-feira, acusado de ter sonegado ? 27,2 milhões (R$ 88,9 milhões) da Receita alemã ao longo de anos - a promotoria pedia que o dirigente tivesse pena de cinco anos e meio de cárcere.
A defesa de Hoeness, de 62 anos, ainda pode entrar com recurso contra a decisão, uma vez que pleiteava o arquivamento do processo. O presidente do Bayern optou em janeiro de 2013 por denunciar a si mesmo ao fisco, para regularizar sua situação. O procedimento permitiria solucionar o caso com o pagamento de uma grande multa e evitaria que o autor condenado à prisão.
Entretanto, a promotoria de Munique considerou o procedimento inválido, pois se convenceu de que Hoeness temia ser denunciado em breve por jornais alemães, que confirmaram que estavam seguindo a pista de uma conta na Suíça de um importante dirigente do mundo do futebol, mas não revelaram o nome do investigado.
Na última segunda-feira, Hoeness voltou a admitir o crime, afirmando que havia sonegado ? 18,5 milhões - mas, depois, a promotoria apontou o valor de ? 27,2 milhões.
- Lamento profundamente meu comportamento delitivo - afirmou Hoeness, antes de completar que deseja esclarecer "este triste capítulo da vida" e lembrando que não é "um parasita social", pois já destinou ? 5 milhões a obras sociais.
Hoeness foi detido em 20 de março de 2013 e liberado após o pagamento de uma fiança de ? 5 milhões (6,8 milhões de dólares). Na ocasião, sua mansão na Baviera foi alvo de uma operação de busca.
Torcedores do Bayern mostram apoio ao dirigente fora do tribunal