O presidente do Arsenal de Sarandí, Julio Ricardo Grondona - filho de Julio Grondona, presidente da Associação de Futebol Argentino (AFA) - afirmou em entrevista à radio local 9 AM que a briga entre os jogadores do time e a Polícia Militar no Estádio Independência, na última quarta-feira, foi causada pelos próprios policiais. O conflito aconteceu após a vitória por 5 a 2 do Atlético-MG, pela Copa Libertadores.
Grondona afirmou que "em um momento senti que estávamos em uma selva, e queriam nos comer". O dirigente afirmou que os policiais "estavam muito nervosos" e "com sede de nos atacar" desde a chegada da delegação do Arsenal ao estádio.
O cartola contou que os jogadores, comissão técnica e diretoria do time argentino levaram mais de sete horas após o fim da partida para serem liberados. Grondona afirmou estar "golpeado por todos os lados" e que entende que a equipe "não se portou bem dentro de campo", mas que isso não justifica "50 policiais apontando armas na cabeça", cena que estaria gravada em vídeo, segundo o dirigente.
O filho do presidente da AFA ainda acusou a polícia de "querer mostrar que estávamos no Brasil" e que a Argentina "passará por uma situação muito difícil no Mundial (de 2014)", porque "não nos querem por lá".
O confronto entre os jogadores do Arsenal e a PM mineira aconteceu após o apito final. As duas partes trocaram agressões, e os atletas quebraram o vestiário de visitantes do Independência. Sete atletas argentinos foram detidos por desacato à autoridade e lesão corporal, e liberados apenas na madrugada de quinta-feira sob pagamento de multa.