Presidente da CBF vai propor perda de pontos por casos de racismo em 2023

Ednaldo vai levar a ideia ao Conselho Técnico do Campeonato Brasileiro, instância formada pelos clubes participantes da competição do ano que vem.

Presidente da CBF vai propor perda de pontos por casos de racismo em 2023 | Reprodução
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O presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues vai propor, a partir de 2023, a aplicação de punições esportivas contra os times cujos torcedores demonstrarem comportamentos racistas. Ednaldo vai levar a ideia ao Conselho Técnico do Campeonato Brasileiro, instância formada pelos clubes participantes da competição do ano que vem.

Foi o Conselho Técnico, por exemplo, que vetou a venda de mando de campos e que primeiro aprovou (em 2021) e depois derrubou (em 2022) o limite para a troca de técnicos.

Presidente da CBF vai propor perda de pontos por casos de racismo em 2023 (Foto: Divulgação/Lucas Figueiredo/CBF)Ednaldo Rodrigues vai anunciar essa intenção nesta quarta-feira, durante o primeiro Seminário de Combate ao Racismo e à Violência no Futebol, organizado pela CBF. Estão confirmadas na abertura do evento o cantor Gilberto Gil, como convidado de honra, o presidente da Conmebol, Alejandro Domínguez, e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco.

"O evento é um marco para o início de uma série de iniciativas que vão discutir de uma forma mais profunda o combate ao racismo e à violência no futebol. É um gesto histórico para dar um basta contra o racismo e a ignorância no futebol. Além do evento, vamos fazer uma série de ações nos estádios nesta semana para conscientizar o torcedor. Chega de discriminação", disse Ednaldo Rodrigues.

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Durante o seminário, vai ocorrer a apresentação da edição de 2021 do Relatório da Discriminação Racial do Futebol, produzido anualmente pelo Observatório da Discriminação Racial no Futebol. Segundo Marcelo Carvalho, fundador do Observatório, o número de casos explodiu no ano passado em relação a 2020.

"Foram 31 casos em 2020 e 64 em 2021. Esse é o número de casos de racismo no futebol brasileiro ou com atletas brasileiros em competições sul-americanas", disse Carvalho.

Neste ano, a CBF passou a patrocinar o trabalho do Observatório.

"O trabalho do Observatório é muito relevante pela qualidade da pesquisa e ajuda a dar mais profundidade na discussão. A parceria da CBF serve para dar uma tranquilidade financeira ao grupo e ajudá-los a desenvolver projetos ao longo prazo", declarou o presidente da CBF.

O evento na sede da CBF também vai contar com a presença de representantes da Fifa, como Pavel Klymenko, que falará sobre "Melhores práticas internacionais no combate à discriminação". e Andrey Reis, líder de planejamento e operações de segurança da Fifa.

Fonte: Globo Esporte

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