Nesta quinta-feira, o Tribunal de Pretória concedeu a Oscar Pistorius a permissão para sair da África do Sul para disputa de competições internacionais. O atleta olímpico e paralímpico é acusado de ter premeditado o assassinato da namorada e modelo Reeva Steenkamp em fevereiro. No dia 22 de fevereiro, a corte havia concedido o pedido de fiança para Pistorius responder pela morte de Reeva em liberdade, porém com uma série de restrições, dentre elas, deixar o país.
Porém, para usufruir da medida, Pistorius terá que obedecer a alguns procedimentos, informa o jornal "USA Today". O juiz Bert Bam determinou que o atleta precisa informar seus planos de viagem às autoridades com pelo menos uma semana de antecedência e também precisará entregar seu passaporte ao tribunal em um prazo de 24 horas após retornar à África do Sul. Nesta quinta-feira, os advogados do velocista disseram que elenão tem planos imediatos para competir, mas talvez participe de exibições para arrecadar dinheiro.
Apelo contra condições de fiança
No dia 13 de março, os advogados de Pistorius haviam apelado contra as condições de fiança do sul-africano. Eles afirmaram que o atleta não representa nenhum risco à sociedade e nem possui intenções de fugir do país. Eles também pediram o fim da proibição do atleta consumir álcool ou substâncias proibidas, apesar de garantir que o acusado "não teria intenção de fazer uso".
Pistorius, ganhador de seis medalhas de ouro nos Jogos Paralímpicos e único atleta biambutado a competir em uma edição de Jogos Olímpicos, em Londres 2012, é acusado pela promotoria de ter premeditado a morte de Reeva, alvejada com três tiros na residência do atleta em fevereiro. O velocista afirma que foi um acidente, e alega que confundiu a namorada com um ladrão escondido no banheiro, mas a acusação não acredita nesta versão e sustenta que eles brigaram pouco antes do crime, algo que a defesa questiona.
No fim de fevereiro Pistorius teve garantido o direito de responder ao caso em liberdade, porém, com uma série de restrições, dentre elas: estar disponível 24 horas por dia, não deixar o país, não possuir armas e não usar drogas ou consumir bebidas alcoólicas. O julgamento está marcado para começar no dia 4 de junho.