De uma vez só, Antônio Pezão terá a chance de disputar o cinturão peso-pesado do Ultimate e a revanche contra o americano Cain Velásquez, atual campeão da categoria e para quem perdeu no UFC 146, em maio do ano passado. O brasileiro estava na expectativa de receber essa notícia desde que nocauteou o holandês Alistair Overeem no UFC 156, há pouco mais de uma semana, e se mostrou ainda incrédulo com o grande momento que vive na carreira. Ao mesmo tempo, Pezão também está confiante em trazer o título de volta para o Brasil, depois de ter visto o amigo Junior Cigano ser destronado por Velásquez em dezembro:
- Acabei de acordar, mas parece que ainda continuo sonhando. Deus está no controle de tudo, e o cinturão voltará para o Brasil, podem acreditar - escreveu o peso-pesado nas redes sociais na manhã desta quarta-feira, completando em seguida em entrevista por telefone ao SPORTV.COM. - Estou 100% confiante. A fé e o foco têm que estar acima de tudo, então é um sonho poder estar ali, lutando no UFC e pelo cinturão. Vou em busca desse sonho, quero muito isso. Vou trazer o cinturão. Respeito o Cain, é um grande atleta e um grande campeão, mas eu quero treinar bastante e chegar bem física e mentalmente para fazer meu trabalho.
O lutador paraibano creditou a chance de disputar o cinturão ao fato de o UFC não estar disposto a esperar muito tempo para colocar Velásquez em ação novamente. Pezão acredita que, além dele, os mais cotados eram os compatriotas Fabricio Werdum e Rodrigo Minotauro, que se enfrentam na final do TUF Brasil 2, do qual são treinadores:
- Eu esperava, a gente tinha esperança que poderia acontecer, até mesmo por tudo que tem acontecido na categoria peso-pesado. Os mais cotados eram o Werdum e o Minotauro, que vão lutar em 8 de junho. Como o Cain Velásquez lutou no fim de dezembro, ele ficaria oito ou nove meses esperando se fosse enfrentar um dos dois, então eles (UFC) não iriam deixar o campeão esse tempo todo esperando uma luta. A gente tinha esperança, o Dana (White) tinha deixado no ar, eu estava torcendo e graças a Deus aconteceu. Estou muito feliz com essa oportunidade. Conquistar o cinturão é o sonho de todo atleta. Vou montar meu camp bem feito, a estratégia. Desta vez quero seguir a estratégia como fiz nas duas últimas lutas (nocautes sobre Travis Browne e Overeem). Na primeira (no UFC, contra Velásquez), eu errei, não segui o que foi me passado, mas nas duas últimas graças a Deus eu consegui.
O erro em questão já havia sido comentado por Pezão em entrevista antes da luta contra Overeem. Ele voltou a afirmar que deveria ter socado antes de lançar um chute baixo. Como ele chutou direto logo no início da luta, Velásquez pegou sua perna, derrubou-o e abriu um corte profundo na testa com algumas cotoveladas, o que causou um sangramento muito intenso e prejudicou sua visão. O duelo, naquela ocasião, terminou no primeiro round por nocaute técnico:
- Isso foi um ponto crucical na luta. Ele estava esperando o chute, é um atleta de alto nível, tem uma grande equipe por trás dele, estava esperando e foi um erro da minha parte. Eu tinha que ter boxeado antes para depois chutar. Ganha a luta quem erra menos, foi mérito dele, venceu bem. Agora terei mais uma luta contra ele, vou procurar errar menos. Depois assisti à nossa luta muitas vezes. Não só contra ele, chutar não é o caminho, o cara que é do wrestling pega muito bem as pernas. Agora vou sentar com o Katel Kubis e o Roan Jucão para definir a estratégia.
O UFC 160 terá Cain Velásquez x Antônio Pezão na luta principal, e Junior Cigano x Alistair Overeem como segunda maior atração do card. O evento será realizado no dia 25 de maio, às vésperas do "Memorial Day", no MGM Grand Garden Arena, em Las Vegas.