Aos 38, Rivaldo é o mais velho a chegar no São Paulo

Pela Seleção, Rivaldo jogou 74 vezes e marcou 32 gols

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38 anos, nove meses e nove dias. É com essa idade que Rivaldo foi apresentado oficialmente pelo São Paulo, nesta sexta-feira, no Centro de Treinamento em Cotia, cidade vizinha à capital. O reforço são-paulino chega não só para ser o mais experiente do elenco. Desde a segunda passagem de Toninho Cerezo, contratado aos 40 anos em 1995, o clube não tinha um nome com tanta bagagem. Como de habitual dentro do Morumbi, sua contratação foi ideia pessoal do presidente Juvenal Juvêncio.

No São Paulo, que pretende ter um time predominantemente jovem para 2011, Rivaldo se junta a Rogério Ceni e Fernandão entre os mais experientes do grupo. Depois de treinar em bom ritmo sob forte sol pela manhã, o reforço, que fazia preparação com o Mogi Mirim, falou sobre a expectativa para seus 11 meses de contrato com o clube.

"Hoje é um dia muito emocionante para mim, porque não esperava tanta imprensa atrás do Rivaldo. Sou simples, discreto, não gosto de aparecer muito, mas agradeço a torcida do São Paulo por todos me apoiando", disse o reforço, confirmando que dividirá duas funções. "Continuo como presidente, a não ser que alguém me proíba. Vou presidir o Mogi Mirim e jogar no São Paulo", afirmou.

Apesar do nome de prestígio no futebol, especula-se que Rivaldo não deve receber um salário alto para os padrões no clube. Os vencimentos do reforço, que assinou contrato até o fim de 2011, girariam em torno de R$ 90 mil mensais. Ele se disse bem para jogar, apesar dos 38 anos.

"Se estou bem, vou jogar tranquilamente os jogos que o treinador necessitar. Se o time ganha, tudo é fácil. Se perde, vão buscar outras coisas, mas se estiver cansado, peço para sair e sempre vou estar à disposição. Sou profissional", explicou.

Para expor seu principal reforço para 2011, aliás, o São Paulo escolheu Cotia, luxuoso complexo de treinamento onde trabalham suas categorias de base. Em plena campanha para um terceiro mandato, o presidente Juvenal Juvêncio prestigiou as atividades nesta manhã, mas recusou atender a imprensa.

A vitoriosa trajetória de Rivaldo

Presidente do Mogi Mirim, Rivaldo chega ao clube de número 12 em sua carreira. Antes do São Paulo, ele passou rapidamente pelo Santa Cruz e explodiu, junto com Valber e Leto, no Mogi Mirim de 1993. Emprestado ao Corinthians, fez grande Campeonato Brasileiro e acabou contratado pelo maior rival corintiano, o Palmeiras.

Em dois anos e meio no Palestra Itália, Rivaldo se tornou ídolo e conquistou títulos importantes como o Campeonato Brasileiro de 1994 e formou no ataque do time dos 100 gols que venceu o Paulista em 96. Na temporada de estreia na Europa, fez sucesso com o La Coruña e passou rapidamente ao Barcelona: lá foram cinco anos e dois títulos espanhóis, sendo eleito o melhor do mundo em 1999 e conquistando a artilharia da Liga dos Campeões em 2000.

Já em fase mais descendente na carreira, Rivaldo não emplacou no Milan, onde foi ofuscado pelo português Rui Costa e saiu logo na chegada de Kaká. Falhou no retorno ao Brasil, em 2004, no Cruzeiro, e peregrinou por dois clubes gregos (Olympiacos e AEK), chegando depois ao Uzbequistão. Lá defendeu o Bunyodkor sob o comando de Luiz Felipe Scolari - o mesmo que lhe recusou no Palmeiras em 2011.

Pela Seleção, Rivaldo jogou 74 vezes e marcou 32 gols. Para muitos, foi o grande nome da Copa do Mundo de 2002, quando comandou o Brasil rumo ao pentacampeonato ao lado de Ronaldo. Quatro anos antes, na França, já havia sido um dos destaques do time vice-campeão mundial.

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