Atuações irregulares, situação financeira complicada, preocupação com o futuro. O trabalho de Mano Menezes no Flamengo não é fácil.
Contratado após a saída de Jorginho, ele sofre para colocar a casa em ordem. O mesmo time que derrotou o Cruzeiro, pela Copa do Brasil, entrou em campo na partida seguinte, criou muito pouco e viu o Corinthians sair de campo com uma goleada de 4 a 0 pelo Campeonato Brasileiro. Pior: se antes o time flertava com a parte intermediária da tabela do torneio, a proximidade da zona de rebaixamento volta a ser uma realidade.
No entanto, Mano Menezes não se assusta. E lembra o passado recente para assegurar que o trabalho precisa prosseguir. Que será difícil ultrapassar os obstáculos, mas que o Flamengo tem força suficiente para se reorganizar e voltar a ser um gigante dentro do futebol brasileiro.
- O que o Flamengo está enfrentando agora o Corinthians passou em 2008. Não tem milagre. Estamos passando pelos primeiros passos de uma reestruturação, de um projeto que foi montado. As primeiras dificuldades são sempre as maiores e temos de trabalhar duro para que isso não seja interrompido, até porque conhecemos bem o futebol e sabemos como as coisas funcionam - ressaltou o treinador.
Com o orçamento do clube bastante apertado, Mano não conseguiu qualificar a equipe como gostaria. E diz que não há tempo para ficar lamentando.
- Hoje, o Corinthians, por exemplo, é um time consolidado. Sai o Sheik, entra o Pato. Perdeu o Jorge Henrique, entrou o Romarinho. Eu ainda não tenho condições de mexer muito na equipe e, por isso, estou repetindo a formação dentro do que eu acho ser o melhor. Se mexo e tomo de 4 a 0, a porrada seria enorme. Vamos continuar trabalhando. Desde a partida contra o Cruzeiro, só fui fazer um trabalho tático no sábado. Isso dificulta demais as coisas - afirmou.
O time não terá muito tempo para assimilar o péssimo resultado que sofreu no domingo. Afinal, já tem jogo na quarta-feira, contra o Vitória, no Maracanã.
- Até quarta, vamos conversar bastante, passar confiança para os atletas. Eles precisam entender e acreditar que serão os responsáveis por tirar o Flamengo dessa situação - finalizou.