O técnico Abel Braga não esconde que deseja renovar seu contrato com o Fluminense. Após a conquista do tetracampeonato brasileiro, o comandante terá nesta quarta-feira a primeira reunião com a diretoria tricolor para tratar do assunto. Na última terça, o comandante deu uma rápida entrevista e reiterou a sua vontade de permanecer nas Laranjeiras. No restante do papo, ele revelou ainda que chegou a pensar em ficar seis meses parado para descansar um pouco. Quem o fez mudar de ideia foi a família.
- Sabe o que eu pensava, de coração? Em ficar seis meses parado sem fazer nada. A família não deixou. Eu falava: "Mas quero ficar em casa para viajar com vocês!". Minha vontade em certo momento era essa. Fiquei três anos nos Emirados Árabes e tive apenas dois meses e meio de férias. Cheguei no Fluminense e comecei a trabalhar no dia seguinte. No fim de 2011 tive aqueles 20 dias que acaba sendo pouco. Passei o Réveillon em Paris, viajei para a América do Sul, mas voltei a trabalhar fadigado - explicou.
Em pouco menos de 15 minutos de conversa, Abel disse ainda que a empatia do time com a torcida foi outro fator que o fez mudar de ideia, comentou a implicância de parte dos tricolores tem com suas substituições, garantiu que vai lutar pela renovação do volante Diguinho, elogiou a convocação de cinco de seus jogadores para a Seleção e lembrou aquele que foi o seu maior susto em um avião no voo que trouxe o Fluminense de volta ao Rio após a conquista.
Você já falou algumas vezes que a aposentadoria está perto, que a família pressiona... O próximo contrato será o último da sua carreira?
Não vai ser o último, não. A família não cobra mais a aposentadoria, parte de mim agora (risos). Sabe o que eu pensava de coração? Em ficar seis meses parado sem fazer nada. A família não deixou. Eu falava: "Mas quero ficar em casa para viajar com vocês!". Minha vontade era essa. Fiquei três anos nos Emirados Árabes e tive apenas dois meses e meio de férias. Cheguei no Fluminense e comecei a trabalhar no dia seguinte. No fim de 2011 tive aqueles 20 dias que acaba sendo pouco. Passei o Reveillon em Paris, viajei para a América do Sul, mas voltei a trabalhar fadigado. Tudo bem. Agora vamos sentar e conversar. Se Deus quiser acertar esse novo contrato. É o desejo de todo mundo e o meu também. Sabe por quê? Porque criou essa empatia da torcida com o time. Se vocês soubessem como isso é bom para o treinador. O jogador entra em campo em um momento ruim e você sabe que ele será aplaudido, sabe que dará seu máximo. É muito legal e difícil de conquistar. Quando se alcança isso normalmente a sequência é positiva.