A seleção brasileira volta a atuar em casa por uma competição oficial. Nesta terça-feira, às 22h, frente a Venezuela, os comandados de Dunga têm a missão de driblar as goleadas sofridas para Alemanha, por 7 a 1, e Holanda, 3 a 0, no Mundial, o péssimo futebol apresentado contra o Chile, na estreia das eliminatórias para a Copa de 2018, na Rússia, e as más atuações ao atuar em solo nacional.
Nos dias em Fortaleza antes do jogo contra os venezuelanos, muitas explicações e pedidos por “trégua” nas cobranças sobre a comissão técnica e os jogadores. Hoje, por exemplo, a qualidade do futebol vai ficar em segundo plano e uma vitória simples será o suficiente.
— O melhor dos sonhos é fazer um bom trabalho e ganhar para que o torcedor saia contente do estádio — afirmou o técnico Dunga.
Após a derrota para os holandeses na disputa pelo terceiro lugar no Mundial, a seleção obteve no Brasil duas vitórias em amistosos que não animaram a ninguém. Contra a fraca Honduras e o México, vaias sobre os jogadores e o técnico Dunga. Por isso, a palavra de ordem entre os que vivem o dia a dia da seleção é calma para lidar com o momento conturbado.
Para Daniel Alves, problemas vividos pelo país fazem o futebol “pagar o pato”.— Sabemos que a credibilidade da seleção não é a mesma, mas estamos atrás de estabilidade. A seleção não pode pagar o pato. Se eu pudesse pedir algo, seria isso. Estamos pagando pela revolta do povo brasileiro com outras coisas — disse Daniel.
Dunga não revelou a escalação e manteve o mistério. Mas o treinador deve realizar duas mudanças no time: Filipe Luiz, no lugar de Marcelo, e Lucas Lima na vaga de Oscar.
— Estamos testando. São jogadores jovens, mas experientes. No Brasil, a cobrança antes de entrar em campo é maior. Por isso, temos que tampar os ouvidos e focar no objetivo — ressaltou o técnico da seleção.