Peñarol aposta em mística copeira para conquistar o hexa

O Peñarol, pentacampeão da Libertadores e três vezes vencedor do Mundial, ficou em primeiro lugar, com 531 pontos

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O Santos tem uma "pedra no sapato" no seu orgulho de ser o melhor clube das Américas no século 20. É o mesmo Peñarol que tenta atrapalhá-lo hoje em novo duelo épico.

Em dezembro de 2000, a Fifa fez uma série de eleições para premiar os melhores do século passado. O Real Madrid foi eleito com sobras o principal time do mundo no período, e o Santos ficou em quinto lugar, empatado com o Ajax, com 5,10% dos votos.

O time brasileiro foi o mais bem colocado dentre as equipes da América, superando o Peñarol, o oitavo, com 2,04% das preferências --votaram técnicos e capitães das principais seleções, além de leitores da revista da Fifa.

Em 2009, a IFFHS (Federação Internacional de História e Estatística do Futebol) divulgou seu ranking de melhores do século 20, contando os resultados obtidos pelos times em todas as competições continentais durante todo o período em questão.

O Peñarol, pentacampeão da Libertadores e três vezes vencedor do Mundial, ficou em primeiro lugar, com 531 pontos. O Santos, que concentrou a maior parte de suas conquistas nos anos 60, figurou apenas na 16ª posição.

O "Campeón del Siglo" (Campeão do Século, slogan do Peñarol) voltou após 24 anos à decisão do continente justamente para enfrentar o velho rival do século 20.

Ciente das limitações técnicas da equipe, uma das apostas do time é exatamente na mística "copeira" do clube, que venceu suas cinco Libertadores decidindo fora de casa. O técnico Diego Aguirre foi o autor do gol de 1987 faltando 15 segundos.

No atual mata-mata, o Peñarol sempre decidiu fora e sempre como azarão. "Tivemos logo de cara o Inter, atual campeão", ressalta o presidente do clube, Pedro Damiani, que gaba-se pela história da agremiação.

"Fomos os campeões do século 20 e agora estamos de volta à final. São os de sempre que ganham", diz ele.

Para o duelo de hoje, Diego Aguirre vai manter o mesmo time que empatou sem gols em Montevidéu na partida de ida. A equipe confia nos seus contra-ataques.

O atacante Olivera, mesmo com dores, garantiu presença no jogo. Disse que não ficaria de fora da final de jeito nenhum. Estará com ele na frente Martinuccio, que tem propostas, segundo Damiani, de Fluminense, Palmeiras e outros três clubes italianos.

González será o responsável principal pela marcação em Neymar. Ele já é o lateral do time que menos vai à frente. Eventuais subidas ao ataque devem sair mais pela esquerda, com Darío Rodríguez, um dos destaques. E é pela esquerda que ataca Mier, um bom cruzador.

Freitas é o volante com maior poder de marcação e deve cuidar de Ganso, que não atuou no Uruguai. Luis Aguiar, seu parceiro no meio, sai mais para o jogo, mas hoje não deverá avançar tanto.

Ontem, o Peñarol fez o reconhecimento do gramado do Pacaembu. Foi nesse estádio que o time venceu sua segunda Libertadores, em 1961, diante do Palmeiras.

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