No primeiro ano de gestão, Patrícia Amorim conseguiu realizar um desejo de quase todos os rubro-negros. E que muitos dirigentes tentaram e não conseguiram viabilizar: trazer Zico de volta à Gávea, no comando do futebol do Flamengo. Mas apenas três meses depois do acerto com o Galinho, a presidente do Fla mostra insatisfação com o tratamento que o maior ídolo do Rubro-Negro carioca vem recebendo de setores ligados ao clube.
- O Zico está assustado - revelou Patrícia em entrevista ao GLOBOESPORTE.COM, lamentando a pouca tolerância com o agora dirigente.
- Politicamente, (o clima) está pesadíssimo. Alguma oposição eu imaginava porque tem gente que nasce contra tudo e contra todos. Mas bater no Zico é de uma covardia enorme, monstra. O que essas pessoas fizeram de relevante para o clube? Eu escrevi alguns bons capítulos do clube, mas o Zico escreveu os melhores, talvez o melhor. O nível de tolerância tem que ser muito maior. Com tão pouco tempo, acho lamentável. Essa desconfiança... Isso não existe. Só quem assina contrato sou eu - garante, se referindo aos rumores que um dos filhos do craque, Júnior, tivesse participado de contratações de jogadores pelo clube. O que foi negado enfaticamente pelo Galinho.
A dirigente pede mais paciência para que o trabalho do diretor-executivo de futebol comece a dar frutos.
- Banco o Zico. Tenho confiança, é um cara do bem. Se ele escuta o filho, a mulher ou quem quer que seja, tem todo o direito. É comovente ver a dedicação dele. Às vezes fico emocionada. As pessoas têm que ter mais paciência porque ele chegou aqui em junho, dez dias antes do caso Bruno.