A ideia do Corinthians era recuperar Adriano para o futebol. O plano ficou distante visto que o atacante não parecia compartilhar da mesma vontade do clube, o que ajudou ainda mais a piorar sua imagem no esporte. Um estudo feito pela Pluri Consultoria apresenta em números a evolução e o declínio da carreira do Imperador e revela uma queda de 95% de seu valor de mercado nos últimos seis anos.
O auge da carreira de Adriano, segundo o estudo, foi na Inter de Milão, em 2006, quando atingiu o valor de ? 31 milhões e uma valorização de 343%. De lá para cá, colecionou insucessos com exceção da passagem pelo São Paulo. Nem mesmo o título e a artilharia do Brasileirão 2009, pelo Flamengo, serviram para alavancar seu valor no mercado, hoje avaliado em ? 1,5 milhões.
Cogita-se nos bastidores que a falta de disciplina do Imperador tenha sido a causa de sua saída do Corinthians. Este também é um dos pontos levantados pelo economista Fernando Pinto Ferreira, responsável pela pesquisa. Em uma avaliação, Adriano recebeu notas F, a pior, nos quesitos disposição e disciplina, contribuindo para a desvalorização de mercado. A idade, a falta de regularidade e de retorno de marketing também o prejudicam para um retorno.
Apesar de ter defendido sete equipes desde 2001, Adriano só deu lucros ao Flamengo logo em sua primeira transferência, quando foi negociado por ? 7 milhões. Já a saída do Parma para a Inter de Milão ocorreu em função de um acordo de co-propriedade entre as duas equipes. As demais transferências não renderam bens aos clubes.
O levantamento ainda coloca o Flamengo como "um clube mais adaptado as pré-condições necessárias para o sucesso de Adriano, aceitando suas atitudes pouco profissionais." O clube carioca seria o destino ideal para o atacante, uma vez que sua imagem está em baixa com grande parte dos clubes brasileiros e europeus.