Ao longo dos últimos meses, desde o começo do ano, a diretoria do Flamengo convocou os empresários de Lucas Paquetá para reuniões, com o objetivo de ofertar um generoso aumento salarial e consequentemente ampliar a multa rescisória. Até o desfecho da negociação com o Milan – clube na qual ele foi vendido por 35 milhões de euros (cerca de R$ 150 milhões) – não houve sinal positivo dos representantes do jogador de 21, que claramente estava disposto a deixar o clube para dar voos mais altos, segundo impressões de dirigentes do Flamengo.
Durante o processo de valorização de Paquetá, titular absoluto ao longo desta temporada e convocado para a seleção brasileira, os representantes do atleta nunca esconderam que o desejo de todos era uma transferência para uma grande equipe da Europa. Houve sondagens de Barcelona, Real Madrid, PSG, mas apenas o Milan apresentou números atrativos para todos.
A negociação foi toda conduzida pelo brasileiro Leonardo, diretor da equipe italiana. Do lado de cá, os agentes Eduardo Uram e Alexandre Uram mantiveram o silêncio para preservar os interesses de seu cliente. A cúpula de futebol do Flamengo entendeu então que esse seria o melhor momento para venda.
A queda de produção em campo no segundo semestre ligou o alerta para uma desvalorização de Paquetá. Mesmo com ele tendo feito boas atuações e gols nos últimos jogos. A diretoria se viu de mãos atadas com a oferta concreta e não insistiu mais na permanência.