A venda de Neymar ao Barcelona gerou nesta semana mais um problema na Justiça para o pai do jogador: o fundo Terceira Estrela, criado por conselheiros do Santos e que tinha 5% dos direitos do atacante, move ação para ter acesso a todos os documentos firmados entre Neymar pai, suas empresas e o clube espanhol. É o quarto processo judicial ou administrativo que envolve a diferença entre o valor inicialmente declarado pelos catalães (17,1 milhões de euros) e a quantia efetivamente desembolsada, acrescida de diversos contratos paralelos com o pai do jogador e suas empresas, que pode chegar a 86 milhões de euros.
Uma das ações é movida pelo grupo DIS, que detinha 40% dos direitos econômicos do jogador, diretamente contra Neymar e o Barcelona; outra, pela Justiça Espanhola; há também uma investigação da Receita Federal. De todas as partes que detinham direitos do atacante, a única que não acionou a Justiça é o Santos.
O Terceira Estrela é um fundo de investimentos criado por conselheiros santistas para investir em reforços para o clube. Na ação, ele cobra diversos documentos – um deles é o contrato que selou o pagamento de 40 milhões de euros à empresa N & N, de Neymar pai.
O documento foi revelado pelo Blog do Rodrigo Mattos no mês passado. O acordo ocorreu em 2011 e foi firmado antes da partida entre Santos e Barcelona pela final do Mundial de Clubes daquele ano.
O Santos, que detinha 55% dos direitos de Neymar, não se movimentou judicialmente para não criar conflito com o maior ídolo recente de sua história. O alvinegro, porém, tentou obter os documentos em fevereiro deste ano, através de uma notificação.
Em resposta pouco amistosa endereçada ao presidente Odílio Rodrigues, o pai do atleta alertou para o fato de que as quantias recebidas do Barça não constituem direitos econômicos de seu filho; alertou, ainda, que a divulgação destes documentos traria prejuízo a Neymar e sua família, e que estes custos, caso isso acontecesse, seriam cobrados do clube.
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