Obras realizadas em instalações esportivas ou de legado para as Olimpíadas do Rio, realizadas entre janeiro de 2013 e março de 2016, causaram a morte de 11 operários. O levantamento foi divulgado nesta segunda-feira (25) pela Superintendência Regional do Trabalho e Emprego do Rio de Janeiro.
O número foi passado por Elaine Castilho, auditora responsável pela fiscalização das obras olímpicas, durante apresentação do Dia Mundial para Segurança e Saúde no Trabalho no Centro do Rio. Como fonte de comparação, o relatório indica que não houve morte de trabalhadores nas Olimpíadas de Londres, em 2012.
A Superintendência realizou 260 ações de fiscalização, com 1.675 autos de infração lavrados. Houve 38 interdições e embargos.
Linha 4 tem maior número de mortes
A Linha 4 do metrô teve o maior número de mortes: três. Um operário foi esmagado por um caminhão que andou para trás ao ser estacionado sem freio de mão; uma queda de escada com atropelamento nos trilhos; e outra de operário chicoteado por uma mangueira de ar comprimido.
Nas obras do entorno do Parque Olímpico, houve uma morte por soterramento e outra por choque elétrico. Houve ainda um óbito por choque elétrico na Supervia e outro esmagamento em obras da Transolimpica.
No Museu da Imagem e do Som, em Copacabana, houve uma queda de andaime. No Museu do Amanhã, houve uma morte após um choque elétrico com queda.
Nas obras de ampliação do Elevado do Joá, um capotamento de veículo causou outra morte. As Obras da Nova Subida da Serra tiveram um morto depois de um desmoronamento.
Segundo Elaine, houve ainda dois casos gravíssimos de acidentes. No Parque Olímpico, um operário foi internado depois de um choque elétrico. Na Transbrasil, houve a amputação da perna de outro funcionário.