Brasil vai encerrar as Olimpíadas de Paris com todos os ouros conquistados por mulheres

As mulheres dominam o quadro de medalhas brasileiro desde o início dos Jogos

Bia Souza, Rebeca Andrade e Duda e Ana Patrícia, os ouros do Brasil | David Ramos/Getty Images, Luiza Moraes/COB e Gabriel Bouys/AFP
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A vitória de Duda e Ana Patrícia no vôlei de praia, com uma performance eletrizante contra as canadenses Melissa e Brandie, abrilhantou o domínio das mulheres do Brasil nesta Olimpíada de Paris. Se dependesse dos homens, o país teria voltado para casa sem medalhas de ouro.

QUEM SÃO ELAS 

Até o momento, todos os três títulos olímpicos conquistados pelo Brasil foram no feminino:

  • Rebeca Andrade, no solo da ginástica artística.
  • Bia Souza, nos pesados do judô.
  • Duda e Ana Patrícia, no vôlei de praia.

Ainda há uma esperança: a seleção feminina de futebol, composta por Lorena e Gabi Portilho, enfrentará os EUA amanhã (10), às 12h, na final do torneio.

E os homens?

Hoje, os últimos competidores brasileiros enfrentaram dificuldades, mas não conseguiram alcançar o ouro. Alison Piu, campeão mundial de 2022 nos 400m com barreiras, fez um tempo que teria garantido a vitória em 23 das 28 edições olímpicas anteriores. 

Em Paris, porém, o tempo garantiu apenas o bronze, a mesma colocação que obteve em Tóquio 2020. Isaquias Queiroz também se destacou: na final do C1 1000, ele estava em quinto lugar aos 750 metros, mas acelerou e teria vencido se a prova tivesse mais 100 metros. No entanto, um atleta tcheco terminou na frente. Com a prata, Isaquias se tornou o segundo maior medalhista olímpico brasileiro, com cinco medalhas, atrás apenas de Rebeca Andrade, que possui seis.

TENDÊNCIA SE DESTACA

Essa tendência se repetiu ao longo dos Jogos. Além da prata de Willian Lima no judô, as mulheres dominaram o quadro de medalhas brasileiro desde o início, com Larissa Pimenta e Rayssa Leal também contribuindo para o aumento do número de medalhas femininas. No total, as mulheres conquistaram 11 pódios (incluindo o futebol), enquanto os homens somaram 7, e houve uma medalha mista no judô por equipes. A contagem pode aumentar para 12 se a seleção feminina de vôlei conquistar o bronze.

Para os últimos dois dias de competições, as expectativas ainda estão voltadas para as mulheres. Se houver uma surpresa e o Brasil subir ao pódio em uma modalidade inesperada, será também uma atleta feminina que garantirá a conquista. As últimas competições brasileiras em Paris serão representadas por Laura Amaro no levantamento de peso, Isabela Abreu no pentatlo moderno, Ana Paula Vergutz no K1 500, e Valdenice Nascimento no C1 200, todas na canoagem.

Sem novo recorde, mas segunda colocação em medalhas

Nesta sexta-feira, ficou claro que o Brasil não alcançará o recorde de medalhas conquistadas. Com 19 pódios garantidos até agora e a possibilidade de mais um, o recorde continuará com Tóquio 2020. O desempenho nesta Olimpíada iguala o da Rio 2016. "Acredito que a quantidade de medalhas é mais importante do que o número de ouros. Um país pode ter apenas três ouros e superar outro com 20 medalhas", comentou Ney Wilson, diretor de esportes de alto rendimento do COB. "Nossa meta é sempre melhorar", concluiu.

Com informações do UOL

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