Obina tem novo encontro com o Fla: carinho e respeito com Love

Atacante do Palmeiras diz que é especial enfrentar o ex-clube e não vai comemorar se marcar: “Não gosto de deixar quem me tratava bem triste”

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Foram mais de quatro anos na Gávea - entre 2005 e 2009. No Flamengo, Obina virou xodó e transformou-se em vilão. Tudo por conta dos gols - ou da falta deles. Deixou o clube pela porta dos fundos, em maio de 2009, na ocasião do empréstimo ao Palmeiras. Por mais que tentasse reviver os dias em que foi saudado pelos rubro-negros como ?melhor do que Eto?o?, a ansiedade e outros fatores o impediam. De volta no início de 2010, disputou duas partidas pelo Carioca antes de ser acolhido pelo Atético-MG.

O bom desempenho no clube mineiro o levou ao Shandong Luneng, da China. Em julho deste ano, acertou o retorno ao Palmeiras por empréstimo de seis meses. Nesta quarta-feira, ele reencontra o Flamengo, que visita o Alviverde na Arena Barueri, pela 17ª rodada do Brasileirão. Enfrentar o ex-clube não é novidade, mas, segundo ele, sempre é especial.

- É inevitável falar do Flamengo. É diferente. É o time que me projetou no cenário nacional, tenho um respeito muito grande. Fiquei quatro anos no Flamengo, vivi momentos vitoriosos, vivi momentos tristes. Hoje defendo o Palmeiras, se tiver a chance de fazer gol no Flamengo, vou fazer. Mas não vou comemorar. Não gosto de deixar as pessoas que me tratavam bem tristes. Fiz gol sobre o Flamengo quando estava no Atlético-MG e não comemorei em respeito ao clube e aos torcedores.

Em 182 jogos no Flamengo, Obina fez 47 gols. Muitos deles importantes. A começar pelo que marcou na final da Copa do Brasil contra o Vasco, em 2006. A lesão no joelho que sofreu no início de 2007 impediu uma transferência iminente para o futebol russo. Ao retornar, foi decisivo na final do Carioca de 2008. Colecionou quatro títulos na Gávea. Conquistas que não foram suficientes diante de tantas cobranças.

"A torcida do Flamengo ainda demonstra muito carinho por mim. Quando me encontram, dizem ?volta, Obina! Não era para ter saído!?. É engraçado. Quando você está aqui, é xingado, às vezes dizem que não presta, mas quando está longe sentem sua falta (risos). Mas é a paixão do torcedor", diz Obina.

- Você cria uma ligação. Acompanhava o Flamengo, o Palmeiras, o Atlético-MG, o Vitória. Da China, procurava saber como esses quatro clubes estavam. Tenho uma relação muito boa como todos eles. Os torcedores do Flamengo ainda demonstram muito carinho por mim. Quando me encontram, dizem ?volta, Obina! Não era para ter saído!?. É engraçado. Quando você está aqui, é xingado, às vezes dizem que não presta, mas quando está longe sentem sua falta (risos). Mas é a paixão do torcedor.

Obina tem um gol no Brasileirão. Vagner Love, do Flamengo, tem oito e lidera a artilharia do Brasileiro ao lado de Fred, do Fluminense, e Alecsandro, do Vasco. Obina espera uma disputa equilibrada na partida de quarta.

- Vou secar o Vagner Love e tentar fazer os gols (risos). Mas falar de duelo antes do jogo é complicado.

Depende muito de como cada um vai estar na hora mesmo. O Vagner é um grande jogador, voltou a marcar. Do nosso lado tem o Barcos também, que está fazendo muitos gols. Vai ser um bom duelo dos atacantes. Nós vivemos uma situação difícil, o Flamengo vem de duas vitórias, está motivado pelo Dorival Júnior, mas vamos jogar dentro de casa, com o apoio da nossa torcida e precisamos da vitória. Será um jogo difícil, equilibrado.

O Palmeiras está na zona de rebaixamento, com 13 pontos, em 17º. O Flamengo é o nono, com 22. A partida será às 21h50m (de Brasília).

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