O que o Palmeiras vai fazer com o dinheiro da venda de Endrick? Saiba mais!

Com o dinheiro da venda de Endrick, o sonho passa a ser mais plausível e pode ser tirado do papel ainda durante a gestão de Leila Pereira.

Leila | Cesar Greco/Palmeiras
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O Palmeiras oficializou a venda de Endrick para o Real Madrid na última quinta-feira. Apesar de o clube não divulgar os valores da transferências, muitos veículos, assim como o LANCE!, divulgaram que o negócio saiu por 72 milhões de euros no total (R$ 406 milhões). É natural que o torcedor, ao ver essas cifras, se entusiasme para a chegada de reforços. No entanto, não é bem esse o caso, já que o investimento em jogadores é apenas um dos tantos planos que o clube tem para a grana.

É importante destacar, primeiramente, que esses R$ 400 milhões não irão totalmente para o Verdão, nem chegarão de uma vez nos cofres alviverdes. Apenas metade é referente a valores fixos, ou seja, cerca de 35 milhões de euros (R$ 198 milhões), e serão pagos em duas parcelas: a primeira em janeiro de 2023 e a outra em julho de 2024, quando Endrick se apresenta ao time merengue.

Abel Ferreira, Leila Pereira e Paulo Buosi conversam após o título brasileiro (Foto: Cesar Greco/Palmeiras)

Portanto, somente olhando essa divisão, é possível dizer que a venda não permite que o Palmeiras vá ao mercado e despeje tudo em novos jogadores, algo que não aconteceria nem mesmo se os R$ 400 milhões caíssem na conta alviverde neste mês de dezembro. Isso porque os dirigentes colocam como prioridade outros fatores do orçamento como manter a saúde financeira.

Embora não esteja em crise econômica, o Verdão não esbanja dinheiro, pois ao mesmo tempo em que fatura muito, também gasta muito para seguir com um elenco competitivo, e uma estrutura que está entre as melhores e mais modernas do país. Assim, essa primeira parte da venda servirá basicamente como capital de giro, ou seja, quantia para pagar as contas recorrentes, juros e parcelas de dívidas e/ou aquisições. Investimento pesado não é o perfil dessa gestão Leila Pereira.

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Outro sonho dos dirigentes palmeirenses e que estaria à frente das "contratações bombásticas" é a reforma do CT da base, em Guarulhos, e a construção de um hotel para os garotos. E faria todo o sentido usar a venda de uma das maiores joias formadas no clube justamente para modernizar o que tem gerado esses frutos. O projeto está pronto e tinha previsão para ser colocado em prática no ano de 2020, mas a pandemia acabou adiando o início do investimento nessa estrutura.

Com o dinheiro da venda de Endrick, o sonho passa a ser mais plausível e pode ser tirado do papel ainda durante a gestão de Leila Pereira. O próprio Abel Ferreira, neste ano, chegou a citar a reforma do CT dos garotos como fator que falta para decretar a excelência da base palmeirense.

Claro que o Palmeiras terá um fôlego maior para ir a mercado por novos jogadores sabendo que terá um bom dinheiro a receber nos próximos anos. No entanto, é importante que o torcedor coloque na cabeça que as coisas no mundo real são diferentes do que acontece nos games. Ainda é preciso ficar atento às questões financeiras, pois qualquer tropeço pode tirar o Verdão de um patamar que foi reconquistado justamente com a consciência de que é obrigação tratar bem do dinheiro.

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