Diante de mais de 23 mil torcedores presentes no Pacaembu, na manhã desta segunda-feira, o São Paulo fez valer sua superioridade durante toda a competição e, mesmo tendo feito um primeiro tempo ruim, sagrou-se campeão invicto da Copa São Paulo de Futebol Júnior pela terceira vez - já havia levantado o caneco em 1993 e 2000 - ao derrotar o Santos, nos pênaltis. Ao defender três cobranças, o goleiro Richard foi o herói da conquista tricolor. Jeferson, Dener e Marcelinho também marcaram. No tempo normal, Roniele fez o gol que garantiu o empate. Renan Mota foi o autor do gol santista.
Além do heroico título, o Tricolor paulista encerrou sua participação na 41ª edição da Copinha como o time de melhor campanha - seis vitórias e um empate -, e o dono do melhor ataque (29 gols) e também da melhor defesa (dois gols sofridos). O são-paulino Lucas Gaúcho, que não teve boa atuação na decisão, foi o artilheiro da competição, com nove gols marcados.
Peixinho larga na frente
O jogo começou equilibrado, mas o primeiro lance de perigo veio dos pés dos meninos santistas. Logo aos cinco minutos, Wesley cruzou para a área, e Renan Mota cabeceou por cima do gol de Richard. Mas o São Paulo não demorou a assustar a defesa adversária, com um chute de fora da área do artilheiro Lucas Gaúcho, quatro minutos depois.
As duas equipes chegavam com facilidade ao gol, mas o time do Peixe era mais objetivo. Tanto que, aos 15 minutos, Alan Patrick puxou contra-ataque, gingou na frente do marcador e chutou colocado para defesa de Richard. Apenas três minutos depois, a pequena superioridade santista resultou em gol, um golaço. Renan Mota partiu para cima dos marcadores, tirou um zagueiro da jogada e tocou por entre as pernas do camisa 1 tricolor, abrindo o placar do Pacaembu. Foi o quinto gol do jogador de 18 anos na Copinha.
O troco são-paulino quase veio aos 28 minutos. Marcelinho tentou jogada individual e rolou para trás, mas Roniele pegou de primeira e chutou para fora. Aos 40 minutos, a rede santista chegou a ser balançada, mas não valeu. O bandeirinha marcou corretamente o impedimento de Roniele, mas o árbitro demorou a apitar o lance, permitindo o chute do atacante do São Paulo.
Tricolor parte para cima e garante o empate
Logo no início da etapa final, aos seis minutos, o goleiro Richard deu dura entrada em Renan Mota para conter o avanço do atacante santista e recebeu apenas o cartão amarelo, para revolta dos torcedores do time da Vila Belmiro. Na sequência, o São Paulo tentou pressionar, e, aos 16 minutos, Roniele quase igualou o placar com o forte chute que passou rente à trave do goleiro Rafael.
O Tricolor paulista seguiu dominando o jogo, mas pecava nas finalizações. Aos 30 minutos, Dener recebeu dentro da área e soltou uma bomba. A bola passou rente à trave e animou a torcida são-paulina. Aos 34, Casemiro cabeceou uma bola no travessão. O Santos se segurava como podia.
De tanto tentar, o São Paulo, enfim, chegou ao gol de empate, aos 40 minutos, com Roniele. Após cruzamento para a área, a zaga rebateu, o atacante girou e, de primeira, chutou no alto, acertando o ângulo do goleiro Rafael. Foi um golaço do garoto tricolor, o quinto dele na competição.
O resultado levou a decisão para os pênaltis. Após o apito final, o técnico Narciso invadiu o campo para cobrar do árbitro a não-expulsão do goleiro Richard após entrada em Renan Mota e acabou expulso.
Nos pênaltis, melhor para os são-paulinos
Na cobrança de pênaltis, Jeferson abriu a série para o São Paulo. Na cobrança do craque santista Alan Patrick, melhor para o goleiro Richard, que fez a defesa. Em seguida, Dener também fez o seu e o camisa 1 são-paulino voltou a se destacar ao defender cobrança de Alemão. Marcelinho fez o terceiro gol tricolor e o título veio pelas mãos de Richard, que, novamente, fechou o gol, desta vez, em chute de Renan Mota.