Neymar, atacante do Santos, tem se destacado não apenas pelo desempenho em campo, mas também pelas constantes críticas a diversos aspectos do futebol brasileiro desde seu retorno ao país. Gramados sintéticos, arbitragem, regras da CBF e até a bola utilizada nos campeonatos estão na mira do craque, que utiliza frequentemente redes sociais e entrevistas para comentar a insatisfação.
No último domingo (14), Neymar voltou a criticar os gramados sintéticos após torcer o tornozelo no início da partida contra o Atlético-MG, pelo Brasileirão, que terminou empatada em 1 a 1. Nos stories do Instagram, o jogador escreveu: “COMPROVADO... sintético é uma merd*!”.
Essa não foi a primeira vez que o camisa 10 se posicionou contra esse tipo de gramado. Em agosto, ele já havia apoiado a crítica do holandês Memphis Depay, do Corinthians, que, após a primeira partida contra o Athletico-PR pela Copa do Brasil, escreveu no X: “A grama artificial mata o jogo. Brasil, quando vocês vão ouvir os jogadores?” Neymar respondeu com um “concordo”.
O jogador também já havia declarado, no início de agosto, que considera “impossível” atuar no gramado sintético do Allianz Parque, casa do Palmeiras. “Jogar em society é uma das coisas que me incomoda como jogador, independe das minhas lesões”, afirmou. Em fevereiro, Neymar se uniu a outros jogadores, como Lucas Moura e Gabigol, na campanha #NãoAoGramadoSintético, que ganhou força nas redes sociais.
Arbitragem na mira
Além dos gramados, a arbitragem também é alvo recorrente do craque. No dia 31 de agosto, durante o empate sem gols entre Santos e Fluminense, na Vila Belmiro, Neymar criticou o árbitro Wilton Pereira Sampaio. Após sofrer uma entrada que deixou uma ferida no joelho, o jogador publicou uma foto do machucado nas redes sociais e desabafou: “Sei que não posso me irritar e tomar o amarelo, mas é toda vez isso”, disse.
“Por mais que seja sem intenção, também é vermelho. Minha irritação é que essas entradas podem virar longos 10 meses”, completou. O goleiro Gabriel Brazão, do Santos, também reclamou de um arranhão no braço direito sofrido na mesma partida.
Nem a CBF escapa
Outra crítica de Neymar foi direcionada à CBF, em abril, quando a entidade proibiu jogadores de subirem em cima da bola, determinando tiro livre indireto e cartão amarelo para quem cometer a infração.
Em comentário a uma publicação do ex-jogador Denílson, Neymar escreveu: “Futebol tá ficando cada vez mais chato. Muito nhênhênhê”. Memphis Depay, do Corinthians, também criticou a regra, pedindo foco em decisões que melhorem o esporte e beneficiem clubes, fãs e jogadores.
Bola do Paulista
Neymar também questionou a qualidade da bola utilizada no Campeonato Paulista. A crítica veio após a derrota do Santos para o Corinthians por 2 a 1, em fevereiro, na Neo Química Arena. “Com todo respeito a Penalty, que é a patrocinadora da bola, tem que melhorar a bola. Outro dia o Filipe Luís falou e eu concordo com ele. Essa bola é muito ruim”, disse em entrevista à Record.
Na época, o zagueiro André Ramalho, do Corinthians, reforçou a crítica, citando dificuldades com duelos aéreos devido às características da bola.