O brasileiro Nelsinho Piquet e o espanhol Fernando Alonso foram à sede da Federação Internacional de Automobilismo (FIA), em Paris, na França, nesta segunda-feira, para testemunhar no julgamento da possível conspiração da equipe Renault para manipulação de resulatdo na Fórmula 1, no GP de Cingapura do ano passado. O Conselho Mundial da entidade ouve os pilotos novamente. O presidente da Renault Sport, Bernard Rey, também compareceu.
No dia 28 de setembro de 2008, Nelsinho bateu em um local onde não havia a possibilidade de se retirar o carro sem a entrada do safety car, o que favoreceu diretamente seu companheiro de equipe, Fernando Alonso, que já havia parado nos boxes e venceu a prova.
Após perder o emprego nesta temporada, o brasileiro foi à FIA e afirmou que o acidente foi arquitetado pelo chefe da equipe francesa, Flavio Briatore, e pelo engenheiro chefe da equipe, Pat Symonds, ambos afastados na semana passada, como estratégia para dar a vitória ao espanhol.
A equipe francesa terá que se defender da acusação. Flavio Briatore foi convocado e também deve comparecer. No entanto, Pat Symonds não é esperado. Caso o escândalo seja confirmado, a Renault pode ser banida do campeonato e Briatore seria impedido de voltar a trabalhar na Fórmula 1.
A FIA divulgou um relatório com imagens da telemetria do carro de Nelsinho no momento da batida. Os gráficos de aceleração comprovavam que ele acelerou mais do que o comum na curva e provocou o acidente de maneira proposital.