O Boca Juniors não quer jogar a partida de volta da final da Libertadores. É o que alega Daniel Angelici, presidente da equipe argentina, em declaração nesta terça, na saída de uma reunião com representantes da Conmebol, da Federação Argentina e também com o presidente do River Plate.
"Não aceitamos jogar nenhum jogo", disse Angelici.
O Boca Juniors entende que o River Plate deveria perder os pontos da partida por conta da agressão contra o ônibus da equipe xeneize no último sábado. O pedido pela punição já foi feito ao comitê disciplinar da Conmebol. Caso a demanda seja aceita, o River é eliminado e o Boca fica com o título.
Se o cômite negar, o Boca já tem planos de apelar ao TAS (Tribunal Arbitral do Esporte), na Suíça, entidade máxima mundial da justiça desportiva.
A Conmebol tem outros planos e pretende levar a decisão para fora da Argentina. A ideia é que ela seja disputada entre 8 e 9 de dezembro.
Ainda não se sabe, porém, onde o jogo acontecerá. De acordo com Martín Fernandez, colunista do GLOBO, no site "Globoesporte.com", a Conmebol avalia três sedes: Miami, Doha e Assunção.
A cidade norte-americana seria a preferida, pois se ofereceu para sediar a partida. Doha, por sua vez, surge na disputa por interesse econômico de autoridades do Qatar, que patrocinam a Libertadores. Já a capital paraguaia é uma opção prática, pela proximidade geográfica.
O jogo de volta da final da Libertadores deveria ter acontecido no sábado, mas foi adiado após um ataque de torcedores do River ao ônibus do Boca Juniors nos arredores do Monumental de Nuñez. O capitão xeneize, Pablo Pérez, foi um dos feridos na ocasião.