O americano Ryan Lochte foi assaltado depois de uma festa na Casa da França, na Lagoa, Zona Sul do Rio de Janeiro. O atleta, que havia sido convidado pelo brasileiro Thiago Pereira, estava num táxi com outros três atletas dos Estados Unidos – Gunnar Bentz, Jack Conger e Jimmy Feigen – quando foi abordado por bandidos armados. O crime aconteceu na madrugada deste domingo e foi confirmado por Lochte à rede NBC, com mais detalhes
– O táxi foi parado por uns caras que mostraram distintivos policiais. Não havia carro de polícia com suas luzes, apenas esses distintivos. Eles sacaram as armas e falaram para sairmos do carro, para que nos deitássemos no chão. Os outros três obedeceram, mas eu me recusei. Disse que não havia feito nada errado, então não deitaria. Mas um deles puxou a arma, colocou na minha testa e disse "deita no chão". Levantei as mãos e falei que tudo bem, que iria deitar. Ele pegou nosso dinheiro, levou minha carteira, mas deixou meu celular e documentos, minha credencial.
Em comunicado oficial, o porta-voz da equipe olímpica de natação dos EUA, Patrick Sandusky, confirmou o caso e o auxílio às investigações.
– O táxi foi parado por indivíduos armados se passando por policiais e exigindo dinheiro e objetos pessoais. Os atletas estão bem e cooperando com as autoridades.
A mãe do medalhista olímpico, Ileana Lochte havia confirmado ao jornal USA Today que o filho e um colega tiveram suas carteiras roubadas. Após o crime, Lochte ligou para ela e contou que o episódio foi "aterrorizante".
– Eles ainda estão assustados, mas os bandidos levaram apenas as carteiras. Foi basicamente isso – disse Ileana ao The Washington Post, confirmando que os atletas não foram agredidos.
Após o incidente, Lochte foi levado para a Casa dos Estados Unidos, também na Zona Sul. Ele e os outros três atletas permanecem no Brasil até o dia 17. A partir de agora, o nadador irá usar um carro blindado na cidade – aos 32 anos, ele conquistou o ouro no revezamento 4x200m livre na Rio 2016 e tem no currículo ao todo 12 medalhas olímpicas.