A notícia de que os jogadores do Barcelona foram liberados para dormir com suas esposas durante o Mundial de Clubes foi ironizada pelo técnico do Santos, Muricy Ramalho ? não pela decisão da direção do Barça, mas pela forma como foi tratada por parte da imprensa brasileira.
O curioso é que a pergunta havia sido direcionada ao capitão Edu Dracena, que estava ao lado de Muricy e elogiou a decisão do Barça, salientando, porém, que seria difícil implantar algo semelhante no Brasil "porque é uma questão cultural". Ao final da resposta do zagueiro, o técnico santista pediu a palavra:
? É bonito com os outros. Se ganha, beleza. Foi legal. Mas, se perde, nos arrebentam ? disparou Muricy.
Outro assunto repercutido na entrevista coletiva do treinador santista nesta terça-feira foi a opinião dele sobre o trabalho dos colegas europeus, em especial sobre o comandante do Barça, Pep Guardiola. Muricy havia dito na sexta-feira que só daria nota 10 para o técnico do Barcelona se ele conquistasse títulos por um time brasileiro, ao que o espanhol respondeu de forma seca: ?Não tenho propostas?. Para que não ficasse um clima pesado às vésperas de uma possível final contra o Barça, Muricy tentou explicar sua opinião:
? Sobre o Guardiola, não quis dizer nada para tirar o mérito dele. Mas é muito mais fácil trabalhar na Europa. Sobre isso, não tenho dúvida. E continuo dizendo. Se eles forem ao Brasil e vencerem trabalhando com nossa estrutura, nossa pressão, aí vão ter nota 10.
O Santos enfrenta o Kashiwa Reysol às 8h30m (de Brasília) desta quarta-feira, no estádio de Toyota, no Japão, pelas semifinais do Mundial. Se ganhar, pega o vencedor do duelo entre Barcelona e Al-Sadd, do Catar, que jogam na quinta-feira.