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MP recorre e quer Bruno Henrique réu também por estelionato

Promotores pedem que Justiça aceite nova acusação e imponha fiança de R$ 2 milhões ao atacante do Flamengo

Bruno Henrique foi indiciado pela Polícia Federal | Foto: Reprodução/Instagram
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O Ministério Público do Distrito Federal (MPDFT) entrou, nesta terça-feira (12), com recurso contra decisão da Justiça que negou tornar o atacante do Flamengo, Bruno Henrique, réu por estelionato. Em julho, o jogador já havia sido denunciado e virou réu por fraude em apostas esportivas. Agora, os promotores querem que a acusação inclua também o crime de estelionato.

Pedido de medidas cautelares

Além da nova acusação, o MP pede que sejam aplicadas medidas cautelares, como:

  • Fiança de R$ 2 milhões;
  • Proibição de realizar atividades econômicas ou financeiras ligadas a apostas esportivas;
  • Proibição de patrocínios e publicidade com casas de apostas;
  • Suspensão de contratos já existentes nessa área;
  • Impedimento de criar contas ou efetuar apostas, mesmo por terceiros, em plataformas autorizadas no Brasil.

Entenda o caso

Em julho, o juiz Fernando Brandini Barbagalo, da 7ª Vara Criminal do DF, aceitou a denúncia contra Bruno Henrique e o irmão dele, Wander Nunes Pinto Júnior, apenas por fraude em apostas. Segundo o MP, o jogador teria forçado um cartão amarelo durante a partida contra o Santos, em novembro de 2023, no Estádio Nacional Mané Garrincha, em Brasília.

A Justiça, porém, rejeitou incluir o crime de estelionato na acusação e também negou, naquele momento, a imposição de medidas cautelares, como a fiança e a suspensão de contratos com casas de apostas.

Argumentos do MP

No recurso, os promotores alegam que existem elementos suficientes para caracterizar o estelionato, apontando que as empresas de apostas envolvidas enviaram dados que comprovariam o crime. O órgão destaca que essas empresas possuem grande capacidade financeira e organizacional, e que o registro das ocorrências demonstra interesse em responsabilizar os envolvidos.

O MP também argumenta que a fiança de R$ 2 milhões é proporcional diante da rotina profissional do jogador, que atua em competições nacionais e internacionais. Segundo o órgão, a medida é necessária para garantir a presença de Bruno Henrique em todos os atos do processo e assegurar o bom andamento da ação penal.

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