Dia 1º de maio do ano de 1994 caiu exatamente em um domingo. Foi nessa data que a F1 organizou o GP de San Marino, em Ímola, na Itália, terceira etapa do campeonato. Desde então, portanto há 22 anos, nunca mais uma corrida de F1 coincidiu de ser disputada dia 1º de maio. Para o fã da F1, ou mesmo aqueles que se sensibilizam com uma mensagem mais elevada, o 1º de maio representa sempre um momento para reflexão, por vezes confundido com saudade. Foi nesse dia que Ayrton Senna sofreu o acidente fatal na curva Tamburello, na segunda volta da relargada, depois da saída do safety car, na sexta volta da prova, às 14h17.
Ainda há hoje profissionais daquele tempo na F1, como o fisioterapeuta Josef Leberer, austríaco. Atualmente ele trabalha com os pilotos da Sauber, o brasiliense Felipe Nasr e o sueco Marcus Ericsson. Josef e Senna se tornaram amigos. Em 1988, ele foi cuidar, na sua estreia na F1, com ninguém menos de Senna e Alain Prost, na McLaren. E quando Senna deixou o time de Ron Dennis para correr na Williams, no fim de 1993, convidou Josef para ir com ele.
“Era novembro ou dezembro, não me lembro. Só sei que tocou o telefone às duas horas da manhã, na minha casa. Eu acordei assustado e perguntei quem era. Ayrton respondeu, rindo. Recordo de ter dito a ele que aquela não era hora para brincadeira. Foi quando ele me disse que estava ligando para me dizer que desejava seguir comigo, ele se encarregaria da minha transferência para a Williams”, disse ao GloboEsporte.com, Leberer.
Para o fisioterapeuta, o fato de 22 anos depois o tema Ayrton Senna reverberar com intensidade no paddock “é uma demonstração da sua força, do quanto deixou não só para a F1, mas todos nós. Eu me sinto orgulhoso”.