O Ministério do Esporte solicitou uma investigação rigorosa sobre o caso de racismo sofrido pelos jogadores do Palmeiras Sub-20, especialmente o atacante Luighi, durante a vitória do time brasileiro por 3 a 0 sobre o Cerro Porteño, pela Libertadores Sub-20, no Paraguai.
Em nota oficial, o órgão expressou "profunda indignação e repúdio" ao episódio e reforçou que o racismo é crime e não será tolerado. Além disso, o Ministério afirmou que cobrará da Conmebol punições aos responsáveis, ressaltando a necessidade de um ambiente esportivo justo, inclusivo e respeitoso.
O que aconteceu?
O caso ocorreu no Estádio Gunther Vogel, no Paraguai, aos 36 minutos do segundo tempo. Na saída de campo após ser substituído, o jogador Figueiredo foi alvo de um torcedor que imitou um macaco em sua direção. Pouco depois, Luighi também foi chamado de macaco por parte da torcida adversária.
O atacante alertou a arbitragem sobre as ofensas, mas o árbitro Augusto Menendez ignorou a denúncia e deu continuidade à partida. No banco de reservas, Luighi não conteve as lágrimas e desabafou após o apito final.
Nota oficial do Ministério do Esporte
“O Ministério do Esporte manifesta sua profunda indignação e repúdio aos atos de racismo sofridos pelos jogadores do Palmeiras Sub-20, em especial o atleta Luighi, durante a partida contra o Cerro Porteño pela Copa Libertadores Sub-20, realizada nesta quinta-feira (6), no Paraguai.
Reiteramos que o racismo é crime e não será tolerado em hipótese alguma. Este Ministério exigirá, junto à Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol), uma investigação rigorosa do ocorrido e a aplicação das sanções cabíveis aos responsáveis, conforme as normas vigentes. É imperativo que as leis sejam cumpridas com rigor para coibir e erradicar qualquer manifestação discriminatória no esporte.
Nos solidarizamos com os atletas afetados e com toda a comunidade esportiva brasileira, reafirmando nosso compromisso inabalável na luta contra o racismo e na promoção de um ambiente esportivo justo, inclusivo e respeitoso para todos.”
Assessoria de Comunicação – Ministério do Esporte]
Cerro Porteño ainda não se manifestou
Até o momento, o Cerro Porteño não comentou o caso, enquanto cresce a pressão para que o clube paraguaio e a Conmebol tomem medidas contra os atos racistas.
A expectativa é que, com a cobrança do Ministério do Esporte e de outros setores do futebol brasileiro, o episódio não fique impune e a entidade organizadora da competição adote sanções efetivas contra os responsáveis.