Eles superaram a própria descrença para fazer história. É a primeira vez que um clube africano chega à decisão de um torneio internacional organizado pela Fifa. O surpreendente Mazembe, da República Democrática do Congo, vive dias de fama. E admite que não esperava tanto. Neste sábado, ao duelar com o Internazionale na decisão do Mundial de Clubes, o representante do continente negro estará além de seus próprios sonhos.
Afinal, o desempenho do Mazembe no ano passado foi bem pior. Perdeu para o Pohang Steelers, da Coreia do Sul, e para o Auckland, da Nova Zelândia. Por isso, o técnico da equipe africana, o senegalês Lamine N?Diaye, não era tão otimista.
- Chegamos à final, mas não tínhamos a esperança. No último ano, perdemos as duas partidas. Tivemos que fazer esforços, vencer as partidas. Começamos marcando. Assim como a alimentação começa com o apetite, o futebol começa com o gol. Temos que aproveitar as oportunidades, e aí veremos o que acontecerá na partida ? disse o treinador.
Quando fala em marcar gol cedo, o treinador se refere ao que o Mazembe fez contra o Pachuca e especialmente contra o Inter. Diante dos mexicanos, marcou o gol da vitória aos 21 minutos do primeiro tempo. Diante dos brasileiros, passou a etapa inicial em branco, mas fez na largada do segundo período, aos oito minutos. A ideia é repetir o feito contra o Internazionale, grande favorito da partida.
- No futebol, não podemos vencer antes de jogar. O mais importante é ir e vencer. (...) Eu não sou um mágico. Não posso prever o que vai acontecer. As coisas serão complicadas, mas é um jogo. Serão 11 jogadores jogando contra outros 11. A partida será decidida quando começar ? afirmou o treinador.
Mazembe e Internazionale vão a campo às 15h (de Brasília) deste sábado, no Zayed Sports City, em Abu Dhabi. Antes, às 12h, Inter e Seongnam, da Coreia do Sul, disputam o terceiro lugar.