Após ser indiciado por crime de importunação sexual, nesta quarta-feira (14), o homem que atua como o Saci, mascote do Internacional, assumiu à polícia que tentou beijar a repórter Gisele Kümpel, durante o Gre-Nal em fevereiro, no Beira-Rio.
Explicação: A delegada à frente do caso, Cristiane Ramos, contou que o indiciado revelou que a intenção do beijo foi para "tirar uma onda" com a jornalista, que trabalha para um canal identificado com a torcida do Grêmio.
"Com os homens que estavam ali (jornalistas), ele tirou onda dando pequenos chutinhos nos calcanhares, fazendo outras brincadeiras. Com a mulher, ele tira onda dando um beijo à força, abraçando à força, pegando pela cintura à força, roçando nos seios", comparou a delegada.
Outra vítima: Além da jornalista, uma torcedora do Inter também denunciou o interprete para a polícia por importunação sexual, após pedir para tirar uma foto com o mascote. Cristiane ressalta que, caso outras mulheres tenham sido importunadas pelo mesmo homem, elas podem procurar a polícia para registro da ocorrência.
"A partir desse indiciamento, é possível que outras mulheres que também se sentiram importunadas sexualmente, que ele também possa ter beijado à força, acessado o corpo, passado a mão, enfim, que venham procurar a polícia. É importante que elas venham",– diz a delegada.
Pena do crime: A identidade do homem que trabalhava como mascote do Inter não foi divulgada pela polícia. O inquérito será enviado ao Ministério Público, que decidirá se ele será denunciado à Justiça ou não. A pena prevista para o crime de importunação sexual é de reclusão de um a cinco anos.
Em nota enviada à imprensa após o clássico, o Inter informou que o homem que atuava como mascote do clube nos jogos foi afastado da função até a conclusão das investigações. Na partida seguinte no Beira-Rio, contra o São Luiz, uma mulher interpretou o Saci.