Acostumado a ser um dos jogadores mais extrovertidos nos times onde joga, o atacante Robinho tem assumido um posto diferente no Santos, desde que retornou da Europa à Vila Belmiro.
Com 26 anos, o "Rei das Pedaladas" não deixa de fazer suas brincadeiras, mas também tem exercido o papel de um dos líderes do elenco, o que levou o técnico Dorival Júnior a colocá-lo como o capitão da equipe, na vitória sobre o Rio Claro, no último domingo (14), no Pacaembu.
Indagado sobre a sua escolha, já que o zagueiro Edu Dracena vinha sendo o capitão do Peixe nas últimas rodadas do Campeonato Paulista, Dorival se justificou dizendo que é importante para Robinho passar por esse tipo de experiência, principalmente levando-se em consideração o fato de que o avante está às vésperas de disputar uma Copa do Mundo, como titular da seleção brasileira.
- Na realidade eu não tirei a braçadeira do Dracena ou do Marquinhos (que também foi capitão do time), pois eles têm lideranças naturais sobre o grupo, que continuarão sendo trabalhadas. Tomei essa decisão porque eu senti que era preciso criar um momento novo para o Robinho, dando-lhe um pouco mais de responsabilidade. É uma concepção diferente da que ele está acostumado, pelo sentido que é exercer a capitania de um clube.
De acordo com o treinador santista, Robinho vive um momento diferente em sua carreira e ser capitão do Santos faz parte desse processo. A intenção de Dorival Júnior com essa medida é tornar o atacante ainda mais importante para o elenco do que é atualmente, tanto dentro quanto fora de campo.
- Achei que era o momento ideal para isso. Creio que ele tem experiência suficiente e tem demonstrado um amadurecimento muito bom para incorporar uma situação como essa. Ele vai crescer ainda mais nessa condição. Isso vai ser muito importante para nós e para o Robinho, principalmente.