Morreu, neste sábado, em São Paulo, aos 79 anos, Maria Esther Bueno, a maior tenista da história do Brasil. Seu corpo será sepultado às 16h de sábado, no Cemitério da Consolação, em São Paulo. Maria Esther Bueno conquistou 19 títulos de Grand Slam, entre disputas de simples, duplas e duplas mistas.
Depois que parou de jogar, a Maria Esther se recolheu um pouco, mas fazia parte da personalidade dela.
No ano passado, Maria Esther havia retirado um câncer do lábio, mas o tumor se espalhou para a garganta. Ela, então, passou por sessões de radioterapia no Hospital Albert Einstein e apresentou melhora no quadro. Entretanto, a situação se agravou no último mês de abril.
Enquanto jogava tênis - hobby que nunca deixou de praticar -, sentiu dores e, de início, pensou se tratar de uma lesão. Mas após uma visita ao médico e novos exames, se descobriu que um novo câncer havia se espalhado por outros órgãos do corpo. A ex-jogadora optou por não fazer quimioterapia.
Com 19 títulos de Grand Slam, Maria Esther Bueno é considerada a maior tenista brasileira de todos os tempos, tendo alcançado o posto de número 1 do mundo em quatro temporadas (1959, 1960, 1964 e 1966). Ela conquistou o seu 1º título de Grand Slam em Wimbledon, em 1959, aos 19 anos.
Em 1960, ganhou os quatro Grand Slams de duplas ao vencer na Austrália, com Christine Truman, e em Wimbledon, Roland Garros e no Aberto dos Estados Unidos, todos em parceria com Darlene Hard. No total, ganhou 89 títulos ao longo de sua carreira. Ela entrou para o hall da fama em 1978.
Maria Esther Bueno começou a jogar tênis , em companhia do irmão mais velho, Pedro, no Clube de Regatas Tietê, na zona norte de São Paulo. Ambos foram levados ao esporte pelo pai, Pedro Augusto, sócio número 5 do Tietê, que tinha o tênis como maior paixão embora trabalhasse como tesoureiro.