A mãe do ex-jogador brasileiro morto na última terça-feira no Chile, Virgílio Souza, fez um longo e emocionante desabafo. Sandra Marah Andrade culpou o hospital chileno pela morte do ex-atacante da Cabofriense, que parou de jogar futebol profissional há dois anos e que estava no país vizinho trabalhando em uma vinícola na cidade de La Serena junto do irmão Felipe Pinto.
Segundo a mãe do ex-jogador de 24 anos, que foi criado em Cabo Frio, na Região dos Lagos do Rio, a morte aconteceu por conta de um erro médico, após Virgilio ter dado entrada no hospital com uma alergia - que, segundo parentes e familiares, era algo comum para ele.
- Eu ia no dia 9 para o Chile encontrar ele. Eu o amava muito. Senti que algo estava errado. Sempre foi um atleta com saúde. Um garoto que desde os cinco anos de idade se dedicou ao futebol. Morava aqui em Cabo Frio, mas, por falta de oportunidades aqui no Brasil, resolveu com o irmão ir para o Chile, onde não existem hospitais públicos como no Brasil. Um país onde existe uma discriminação aos brasileiros. Sei que o principal motivo foi o remédio. Ele estava na cidade ao norte do Chile, chamada La Serena. Mataram meu filho - desabafa a mãe do ex-jogador.
Irmão de Virgílio, Diego Pinto relatou o ocorrido com o ex-atacante. Segundo ele, o brasileiro sentiu-se mal, foi para um hospital em La Serena e acabou morrendo por conta de uma infecção. Ainda de acordo com Diego, um outro irmão do ex-jogador já se dirigiu à cidade de La Serena para agilizar a documentação que possibilite o transporte do corpo do ex-atleta para o Brasil. A ideia é que o velório aconteça na próxima sexta-feira, em Magé, no Rio de Janeiro.