Lucas está cansado de ouvir Leão criticá-lo publicamente. No domingo, depois de novo bombardeio do treinador, que o questionou por tocar muito a bola em vez de individualizar a jogada, ele chorou ao deixar o Morumbi. O meia está triste com a situação, que o incomoda. Não só pelas palavras do comandante, mas pela repercussão fora de campo. Ele tem sido alvo de constantes críticas por meio das redes sociais. Chegou a cogitar cancelar sua conta no Twitter, onde tem mais de 450 mil seguidores, mas logo desistiu.
O garoto, de apenas 19 anos, depois de subir para o profissional, já se emocionou em outras duas oportunidades (veja abaixo). Todas em momentos críticos. A pressão é algo que parece machucar o camisa 7, que recebeu no domingo apoio de pessoas influentes no clube. O vice de futebol João Paulo de Jesus Lopes, o capitão Rogério Ceni e o coordenador-técnico Milton Cruz conversaram e tentaram mostrar como virar o jogo.
? Não há reparo a fazer. Talvez a pressão por vitória ou um melhor posicionamento em campo pesem. Mas não culpo a comissão técnica, nem o jogador, que logo vai superar isso ? afirmou João Paulo, que considera Lucas a grande joia do Tricolor.
Na segunda-feira foi a vez de Wagner Ribeiro, empresário do atleta e desafeto de Leão, criticar o treinador. Chegou a dizer que seu cliente é como uma Ferrari, carro da Fórmula 1, mas que não tem um piloto digno para dirigi-la. Cobra também uma postura diferente da diretoria, que por enquanto observa as críticas públicas e não cobra uma solução internamente.
As críticas têm feito mal a Lucas. Em quatro dias, Leão primeiro acusou individualismo e pediu solidariedade. Depois cobrou mais jogadas individuais. Lucas sente e não sabe o que fazer, até por não gostar de jogar só pela direita, sem liberdade para mudar. Pelo bem do time, eles precisam se entender.