Loco Abreu fala sobre sua saída do Bangu: 'ficar perto da família'

Loco Abreu se despediu do Rio de Janeiro e retornou para Uruguai

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Três meses, 10 jogos e três gols. Neste sábado, Loco Abreu se despediu novamente do Rio de Janeiro para retornar para o Uruguai - país onde nasceu e se projetou para o futebol. Aos 40 anos, o ídolo do Botafogo deixou o Bangu, onde disputou o Carioca, para acertar com o Central Español, da Segunda Divisão, e ficar perto da família, conforme o próprio atacante revela. Na bagagem, além da satisfação por ter colocado novamente o Alvirrubro no cenário nacional e ter elevado o marketing do clube a níveis extraordinários para a então realidade da equipe, leva para casa o carinho dos torcedores da terra que aprendeu a amar - muito também pelo passado alvinegro.

- Eu conheci pessoas maravilhosas no Bangu. Fui recebido com um carinho muito grande por todos. Fico feliz com isso. Eu não disputei o último jogo por estar com um desconforto no tornozelo. E, na verdade, não tinha condições de jogar este domingo. Como teríamos folga logo depois, optei por adiantar a saída para poder ir embora. Meu contrato com o clube era até o fim do Carioca. Cumpri com o que tinha combinado. Como teria um tempo sem jogar, parado (a Série D só começa na metade de maio), achei que era melhor a possibilidade de jogar no Central Español. Agora vou poder ficar perto da minha família - declarou o atacante, ainda no aeroporto do Brasil, a caminho do Uruguai, em entrevista.

Antes de retornar de vez para casa, o atacante também avaliou o que deu errado para o Bangu no Carioca, que acabou não embalando na competição. Loco também falou da contribuição que teve para que o time voltasse a chamar a atenção e ganhasse espaço até mesmo na mídia.

- Foi bom ter ajudado nessa parte da imagem do clube. Eu tenho duas leituras do projeto que está sendo feito pelo Bangu. Uma é que o clube tem grandes pessoas, profissionais maravilhosos. Mas que esta mudança na parte esportiva não nos deu possibilidade de fazer um grande campeonato, que é o que eu gostaria. Tivemos muitas trocas de treinadores. Acabamos não cumprindo a expectativa criada por todos. Mas dentro das nossas possibilidades, fizemos o que era possível. Acho que foi um acerto o Roberto Fernandes como treinador. Ele já está dando outra cara para o clube. Saio torcendo para que ele e o clube consigam fazer uma grande Série D e que o time continue crescendo - declarou.

A carreira

Loco Abreu teve passagem marcante pelo futebol carioca entre 2010 e 2012, quando tornou-se ídolo do Botafogo. O atacante ficou marcado pelo gol de cavadinha, em cobrança de pênalti, na final do Carioca de 2010, contra o Flamengo. Desde que deixou o Alvinegro, em 2012, defendeu seis clubes de seis países diferentes antes de retornar ao Rio: Figueirense, Nacional (Uruguai), Rosario Central (Argentina), Aucas (Equador), Sol de America (Paraguai) e Santa Tecla (El Salvador). No currículo, também acumula times como o Grêmio e o River Plate (Argentina).

Anunciado pelo Bangu em novembro, foi apresentado com o status de ídolo no fim de dezembro. O Alvirrubro promoveu uma grande festa em Moça Bonita, que atraiu grande público. Principal nome da equipe para o estadual, o centroavante disputou 10 partidas pelo clube e marcou três gols. Apesar do sucesso com a chegada do atacante e da empolgação com os gols, o time não conseguiu emplacar uma boa campanha no Campeonato Carioca e brigou sempre na parte de baixo da tabela. Neste domingo, a equipe enfrenta o Madureira, às 16h, em Conselheiro Galvão, pela última rodada, sem chances de avançar para a semifinal da Taça Rio.

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