Liedson rescindiu contrato com o Flamengo - que iria até dezembro - no fim de janeiro. Rumou para o Porto, de Portugal, depois de uma segunda passagem irregular pelo Rubro-Negro, mas ainda tem dinheiro a receber do clube. O atacante espera o pagamento de R$ 700 mil por ter alcançado a meta de convocações para jogos no período de 1º de agosto a 31 de outubro do ano passado. Uma cláusula no vínculo do Levezinho estabelecia uma generosa bonificação para que ele estivesse entre os relacionados para a concentração no mínimo em 70% das partidas da equipe. Ou seja, não precisava entrar em campo para ter direito ao dinheiro. Isso sem falar da remuneração mensal de R$ 330 mil.
Entre 1º de agosto e 31 de outubro, o Flamengo disputou 20 partidas, todas pelo Campeonato Brasileiro. Destas, Liedson jogou 15, o que representa 75% do total. Dados internos do clube apontam que o jogador esteve em 80% das convocações para os compromissos da equipe no período.
O jogador, de 35 anos, ficou fora dos planos do diretor de futebol Paulo Pelaipe pelo alto salário e do técnico Dorival Júnior por questões técnicas. Ele chegou ao Flamengo no início de agosto do ano passado como uma aposta alta do então diretor de futebol Zinho, que decidiu investir no jogador depois de falhar nas tentativas de contratar um camisa 10, como os meias Diego e Riquelme.
Liedson jogou pouco. Foram apenas 16 partidas, sendo dez como titular, e quatro gols marcados. O atacante alternou bons e maus momentos e nunca foi unanimidade. Teve de disputar posição com Hernane e com o garoto Nixon para ser companheiro de Vagner Love.
A reportagem não conseguiu contato com Zinho, responsável pela contratação do jogador na época. Um primo do ex-diretor informou que ele está em Miami, nos Estados Unidos, em viagem com a esposa. O retorno ao Rio está previsto para o próximo dia 18.